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Atrás na corrida ao "play-off" (13.º), o gigante espanhol, com um recorde de 11 títulos da Euroliga, teve o pior arranque da sua história na competição europeia, com um registo de seis vitórias e nove derrotas, mais duas do que em toda a época regular passada, em que terminou no primeiro lugar antes de cair na final, um ano depois de ter conquistado o seu 11.º título.
Nem o heroísmo pessoal do argentino Facundo Campazzo, nem a pontaria certeira do eterno Sergio Llul, de 37 anos, nem as chegadas do veterano Serge Ibaka e do ex-jogador dos Golden State Warriors Usman Garuba conseguiram ainda compensar as saídas de Guershon Yabusele (que partiu para tentar a sorte na NBA, em Filadélfia), Vincent Poirier (Efes Istambul), Fabien Causeur (Milan) e Rudy Fernandez (reforma).
"Sim, estão a ter dificuldades coletivas. Francamente, não há discussão, vê-se uma grande diferença". Sylvain Francisco, base francês do Zalgiris Kaunas, que venceu por 93-82 em Madrid, a 12 de dezembro, disse à AFP que "Guerschon não cometeu erros, esteve sempre presente para ajudar".
A ausência de Yabusele obrigou Marion Hezonja a passar da posição de ala para a posição de ala forte, onde "teve muitas dificuldades", enquanto "Poirier trouxe muita energia e, na maior parte do tempo, proporcionou pontos fáceis", referiu Francisco.
Segundo classificado do campeonato espanhol, atrás do Valência, o Madrid não consegue muitas vezes encontrar uma resposta colectiva para os problemas que enfrenta.
"É insuportável, não há um único jogador que marque três pontos, não temos um segundo cinco.... Esta equipa está à deriva", disse Fernando, um adepto merengue de 37 anos, entrevistado pela AFP após a derrota com o Zalgiris Kaunas.
Tal como a grande maioria dos adeptos do clube espanhol, Fernando aponta para uma evidente "falta de talento" num plantel envelhecido e um recrutamento "insuficiente" para se manter competitivo na Liga e na Euroliga.
Chus Mateo, o treinador merengue, considera que a sua equipa "precisa de tempo" para adaptar-se após as saídas de verão e pede aos seus jogadores que "não dêem nada por garantido".
"(...) Estamos conscientes do calendário, das lesões e das mudanças no plantel. Não podemos arranjar desculpas e, se cairmos, temos de nos levantar", acrescentou, "encantado" com a equipa que tem e sem querer continuar a "pensar no passado".
No futuro imediato, o Real Madrid vai defrontar duas equipas da liga francesa, o Paris e o Mónaco, que ocupam os dois primeiros lugares da Euroliga.
Antes, talvez, de fazer algumas mudanças este inverno para reforçar o seu plantel e evitar ficar de fora dos play-offs da Euroliga pela primeira vez desde a época 2011/12.