Desde os primeiros minutos, um indicador mostrava claramente que o Olympiakos não estava a ter uma noite excecional. Enquanto a defesa do Mónaco ainda se encontrava no terreno de jogo, o clube do Pireu efetuou uma série de lançamentos livres de fraca qualidade, com Sasha Vezenkov, em particular, a não conseguir causar impacto na noite de sexta-feira.
Pouco a pouco, as pinças desenhadas por Vassilis Spanoulis foram apertando o cerco aos vencedores da época regular da Euroliga. O MVP de 2023 nunca conseguiu recuperar o fôlego, pois a Equipa Roca sufocou-o. Nesta segunda final, só Evan Fournier tinha a chave certa para abrir a fechadura, marcando 31 dos 68 pontos da sua equipa.
Mas este domínio teve o seu lado negativo, pois os sistemas de Georgios Bartzokas obrigaram muitas vezes o Charentonnais a forçar os seus lançamentos, sem ter sempre espaço para ajustar a pontaria. O único jogador a acompanhar o número 94 foi Nikola Milutinov. Na área de jogo, causou sérios problemas aos monegascos (8 pontos em 3/4 lançamentos, 2 ressaltos, 4 assistências, 15 de rating), mas jogou muito pouco (apenas 18'11) para influenciar o resultado.
Embora as duas equipas estivessem equilibradas em termos de bolas perdidas, com 14 turnovers para cada lado, a agressividade nos ressaltos (41, dos quais 12 ofensivos, contra 33, dos quais 9 ofensivos) e a vivacidade na defesa (10 roubos de bola contra 7) foram favoráveis ao clube do Rochedo, que nunca foi superior aos gregos, mas que tomou sempre a dianteira a partir do segundo quarto, sem parecer que o fazia.
No jogo 5 dos quartos de final contra o Barça, Georgios Papagiannis tinha sido o fator X indiscutível, mas Spanoulis pôde contar com 9 jogadores totalmente dedicados à sua missão, com um bónus para Alpha Diallo e Jarod Blossomgame, que apanharam a onda de Mike James e dos seus 29 pontos. Ansioso por manter esta coesão colectiva, "Kill Bill" deixou mesmo três jogadores no banco (Papagiannis, Terry Tarpey e Vitto Brown).
Coletivamente, o Fenerbahçe teve seis jogadores com 12 ou mais pontos contra o Panathinaikos. São mais dois do que o Mónaco. Isto demonstra a boa distribuição de papéis na equipa de Saras Jasikevicius. Em termos de números, o clube turco leva vantagem em duas áreas em relação ao Mónaco: bolas perdidas (9 contra 14) e precisão de três pontos (41,2% de sucesso para o Fenerbahçe com 14 lançamentos, contra 29,4% para a equipa da Roca com apenas 5 lançamentos).
Esta capacidade de fazer lançamentos de primeira pode ser a chave para o Fenerbahçe, e o Mónaco terá de fechar o exterior para evitar que o sucessor de Fournier entre em combustão espontânea.