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Basquetebol: Norberto Alves elogia FC Porto, Fernando Sá diz que Benfica foi "justo campeão"

Norberto Alves venceu o título pela sexta vez
Norberto Alves venceu o título pela sexta vezMANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
Declarações após o jogo FC Porto – Benfica (71-93), o quarto da final do play-off do campeonato nacional de basquetebol, que foi disputado este domingo no Dragão Arena, no Porto, e deu o título aos encarnados-

Recorde aqui as incidências do encontro

Fernando Sá (treinador do FC Porto):

“O Benfica, hoje, esteve diferente relativamente ao jogo 3, na sexta-feira, e teve uma eficácia no jogo exterior muito alta, com jogadores que apareceram a um altíssimo neste quarto jogo, e nós não tivemos capacidade física, mental e discernimento para conseguir reagir.

O Benfica teve 40 minutos muito intensos, a exemplo do que nós tivemos na sexta-feira, e nós tivemos dificuldades para arranjar soluções de lançamento. Falhando em termos ofensivos, a frustração começa a acumular-se. Foi difícil encontrar o caminho para podermos mudar o sentido do jogo.

Mais uma vez, não tivemos sorte com as lesões. Estou aqui há três anos e sempre chegámos a estes momentos de play-off com lesões importantes. Não foram só as lesões do Miguel Queiroz e do Tanner (Omlid). Foi também a lesão prolongada do Devyn Marble, que o tirou da maioria dos treinos durante um mês e meio e um problema que o Toney (Douglas) teve na semana anterior ao reinício do play-off. Isto quebra ritmos, qualidade de treino e resistência.

A época foi excelente, pois vencemos a Supertaça e a Taça de Portugal, e estou grato a todos, pois fizeram o melhor possível para que isto acabasse bem, mas há coisas que não controlamos. É um título que nos foge há alguns anos e que queremos recuperar o mais depressa possível.

O Benfica foi um justo campeão. Parabéns ao Benfica, uma equipa que só perdeu um jogo durante fase regular do campeonato e nos play-offs só perdeu um”.

Leia aqui a crónica

Norberto Alves (treinador do Benfica):

“O Benfica é este que hoje esteve aqui no Dragão Arena, que é muito diferente do de sexta-feira (terceiro jogo da final).  Foi muito mais forte e afirmativo. No último jogo, estivemos muito mal.

Hoje, quando estivemos a perder, no primeiro período, num dos descontos de tempo que pedimos, vimos que o jogo ia ser complicado e eu disse à equipa que o acelerasse completamente, para tentar marcar nos primeiros segundos, porque dificilmente o jogo ia ser ganho de outra forma. Tínhamos de desgastar o FC Porto o mais possível e foi o que fizemos.

Isso permitiu-nos correr e ter cestos de elevada eficácia em contra-ataque, o que nos permitiu ganhar uma margem pontual, num jogo que era decisivo para eles, mas não ainda para nós. Os aspetos mentais vêm muito ao de cima no play-off.

Eu acreditava muito. Tinha confiança naquilo que tem sido a gestão da equipa e no controlo emocional nestes momentos. Vencer é sempre especial, mas tenho muito respeito pela instituição que é o FC Porto, que nos dominou na maior parte deste campeonato e noutras competições.

Sentimos, a certa altura, nos confrontos com eles que tínhamos de estar em completa superação e acho que a equipa se superou. Eu disse aos rapazes que tínhamos de nos transcender, porque do outro lado estava uma equipa com uma enorme qualidade, muito bem treinada e que exigiu de nós o máximo para podermos ganhar este campeonato.

Somos uns justos campeões. O Betinho Gomes? Digo sempre que os grandes jogadores são aqueles que fazem o colega de equipa ser melhor todos os dias, pelo exemplo. Os excecionais jogadores, que é o caso do Betinho Gomes e o do Makram Romdhane, são os que fazem os colegas ser campeões”.