Recorde as incidências da partida
“O jogo vale em si e não há consequências para amanhã. Temos de continuar a ser iguais a nós próprios, com mais convicção ainda de que temos capacidade para lutar pelos nossos objetivos, mas com equilíbrio e a cabeça no sítio. Temos de continuar a trabalhar, a ser humildes, e não embandeirar em arco porque ganhámos à Espanha. Fizemos uma coisa que, não sendo normal, também não é uma façanha do outro mundo”, afirmou o técnico luso.
Mário Gomes sabe que, perante um resultado como este, “há a tendência para se disser que se fez história”, mas, mesmo assumindo que foi um “resultado importante”, deixou claro que “é preciso saber que a maior parte do caminho ainda está para fazer”.
“É sempre melhor trabalhar em cima de vitórias do que de derrotas”, reconheceu, ainda assim, o selecionador luso, mostrando-se “muito satisfeito com a equipa, fundamentalmente por ter demonstrado capacidade para reagir, depois de ter começado encolhida, receosa”.
O técnico português frisou que Portugal teve a capacidade para “conseguir reagir, conseguir ir à luta, independentemente” do resultado, até porque “quando se ganha por dois, também se tem a noção de que se poderia ter perdido”.
“Isso não era, antes do jogo, o mais importante, nem é agora o mais importante, mas mostra que temos capacidade para competir a este nível, se ainda fosse preciso demonstrar isso, mas mostra só isso”, prosseguiu o selecionador luso.
Mário Gomes reafirmou que, nestas situações, “a palavra-chave é o equilíbrio”, até porque, "mais importante de como começa, é como acaba”.
“Temos de ter a noção do que fizemos bem ou menos bem, preocuparmo-nos com as nossas coisas, ter noção que é um jogo de preparação, com ambas as equipas fora de forma, algo que se notou, provavelmente, mais em Espanha do que em nós”, disse.
Mário Gomes falou ainda de Neemias Queta, a grande figura do encontro, com 17 pontos, incluindo oito dos últimos 10 de Portugal, no seu terceiro jogo pela seleção principal.
“É claro que foi uma ajuda, até porque a sua presença aumenta a autoconfiança no grupo, que acredita mais na sua capacidade com a presença do Neemias. Em determinados momentos, nomeadamente na parte final, ele foi muito importante”, reconheceu.
O selecionador luso não sabe, naturalmente, como teria sido sem o poste dos Boston Celtics, mas está certo de uma coisa: “Sabemos que ele quer cá estar sempre e nós queremo-lo cá sempre”.
Depois do triunfo sobre a Espanha, Portugal vai prosseguir a preparação em Málaga, onde na quinta-feira defronta a seleção B espanhola. No domingo, em Madrid, enfrenta a Argentina.