Equipa da semana
Previa-se que os Los Angeles Clippers teriam uma temporada difícil. Sem Paul George e com Kawhi Leonard ainda afastado, era difícil ver a outra equipa de LA como um dos seis melhores candidatos na difícil Conferência Oeste, mas a equipa parece estar a encontrar o seu ritmo.
Os Clippers estão numa série de cinco vitórias consecutivas, a última das quais na última noite contra... os 76ers de Paul George. É uma grande queda, mas acima de tudo é a confirmação de que a saída de George e a ausência do seu líder acordou toda a gente, ao ponto de forçar a formação de um Big Three de James Harden - Norman Powell - Ivica Zubac.
O primeiro destes três está a dar espetáculo (8,7 assistências, 5.º melhor passador), o segundo, com uma média de 23,3 pontos, está a ter a melhor época da sua carreira, e o terceiro, um poste perfeito na zona pintada, é simplesmente o terceiro melhor recuperador da liga com 12,5 ressaltos por jogo. Um esforço de equipa e um registo de 11-7 para o quinto lugar do Oeste, mas o trabalho sério está prestes a começar com duelos contra os Celtics, Wolves e Nuggets muito em breve. Uma excelente oportunidade para descobrir de que é feita esta equipa.
As desilusões da semana
A época dos Detroit Pistons era suposto marcar um verdadeiro progresso. Os play-offs, com ou sem playin, são o objetivo lógico e, até agora, a equipa de Michigan tinha cerca de 50% de vitórias, impulsionada pela forma de Cade Cunningham, mas as coisas ficaram seriamente fora de controlo esta semana.
Três derrotas, incluindo duas francamente embaraçosas contra os Hornets e depois contra os Bulls, duas equipas que o conjunto de Detroit deveria dominar para atingir o seu objetivo. Os Pistons têm a sorte de jogar no Este e, apesar de um registo de sete vitórias e 11 derrotas, continuam a ocupar o último lugar de qualificação para o play-in.
O problema é que Cunningham, que tem uma média de 23,5 pontos / 8,9 assistências / 7,2 ressaltos, está um pouco sozinho. Jalen Duren não está suficientemente presente no ataque, os veteranos Malik Beasley, Tim Hardaway Jr e Tobias Harris são demasiado inconsistentes e a equipa carece de coesão e de um verdadeiro lutador no campo. Nada está perdido, e os próximos quatro jogos são acessíveis, mas esperava-se mais de uma equipa que está a definhar no fundo da tabela há demasiado tempo.
Jogador da semana
32,5 pontos, 10,7 ressaltos, 7,2 assistências: quatro jogos nesta semana para Giannis Antetokounmpo, quatro vitórias, e finalmente os Milwaukee Bucks parecem ter seguido os passos do seu líder. Desde o início da época, enquanto a equipa de Wisconsin tem sido uma desilusão, o "Greek Freak" tem-se esforçado por provar que continua a ser um dos três melhores jogadores do planeta.
É difícil pensar o contrário. Melhor marcador da liga (32,4 pontos por jogo), Top 10 em ressaltos, Top 10 em percentagem de remates, N.º1 em pontos marcados em transição, N.º1 em pontos marcados na zona pintada - estatisticamente, o grego é completamente intocável. Mas é a impressão deixada no campo que mais importa.
Giannis está mais uma vez a aterrorizar os defesas, que saltam do caminho quando o vêem chegar. A dissuasão defensiva que proporciona é impressionante e permite finalmente que os Bucks se unam coletivamente. Melhor jogador da semana e principal concorrente de Nikola Jokic para o prémio de MVP, esta época promete ser mais uma época real para o grego.
Jogada da semana
Não há nenhum grande destaque esta semana. Não, apenas um pouco de jogo posicional, um pouco de reflexão e, depois, uma pequena finta de Lauri Markkanen para se livrar do seu defesa e receber a oferta de Collin Sexton bem atrás da linha de três pontos. Um afundanço à moda antiga para um destaque de qualidade.
História da semana
Mais de 15 anos depois do seu primeiro triplo-duplo (17 pontos, 10 ressaltos e 10 assistências no dia 2 de março de 2009), Russell Westbrook já repetiu esse feito 200 vezes. Não foi o jogo mais impressionante, até porque o registo é de apenas 12 pontos, 10 ressaltos e 14 assistências contra os Grizzlies, muito longe de algumas performances impressionantes, principalmente durante a sua temporada de MVP em 2017, mas o mérito tem mesmo de ser dado.
200 triplos duplos é um número incrível, representativo do jogador versátil que Westbrook é. Na sua 17.ª época, Russ jogou como um sexto homem de luxo em Denver, na esperança de finalmente ganhar um anel e reformar-se em paz. Mas, apesar de ter sido criticado no início da época, respondeu como sempre em campo, elevando o seu jogo e contribuindo para uma bela série de cinco vitórias consecutivas. Os Nuggets ainda não estão a 100%, mas estarão em breve, e mesmo que não chegue aos 300, não há dúvida de que Russell Westbrook ainda não acabou de nos encantar.