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Basquetebol: Tony Parker a favor de "uma fusão ou parceria" entre a Euroliga e a NBA

Tony Parker envolvido nas discussões
Tony Parker envolvido nas discussõesDean Mouhtaropoulos / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
Tony Parker, proprietário do ASVEL, um dos 13 clubes acionistas da Euroliga, declarou-se esta quarta-feira favorável a "uma fusão ou parceria" entre a entidade que organiza a maior competição europeia e a NBA, no âmbito dos seus planos de implantação no Velho Continente.

O melhor basquetebolista francês de sempre, tetracampeão da NBA com os San Antonio S+irs, é também um porta-voz da liga norte-americana sobre este assunto, que agita o basquetebol europeu há cerca de um ano: "A NBA contactou-me, sim, e estou a participar nas discussões. Mas, devido às cláusulas de confidencialidade, não posso adiantar mais nada. Este é um momento-chave para o basquetebol europeu", declarou Tony Parker numa entrevista publicada na quarta-feira pelo diário L'Équipe.

"Tive uma reunião com Adam Silver (diretor da NBA) e Mark Tatum (o número 2). A ideia era falar sobre o basquetebol europeu e trazer todos de volta à mesa: NBA, Euroliga e FIBA (Federação Internacional)", acrescentou.

Segundo Parker, a Euroliga e a FIBA, que organizam competições europeias rivais desde 2000, têm todo o interesse em chegar a um acordo com a poderosa liga norte-americana.

"Não se iludam: ou chegamos a um acordo, ou a NBA vai-se embora sozinha. Temos de imaginar uma fusão ou uma parceria", diz o antigo jogador dos Bleus (181 jogos), que acredita que "o basquetebol europeu pode mudar de dimensão" graças ao maná financeiro da liga norte-americana, que a partir da próxima época terá 76 mil milhões de dólares (cerca de 73 mil milhões de euros) em direitos televisivos (até 2036).

"Não podemos passar sem a NBA. Gostaríamos de fazer parte dela, mas o objetivo é juntarmos forças e fazermos algo que nunca foi feito antes, assegurando que nenhum clube histórico europeu é deixado de lado", acrescentou.

Adam Silver, o comissário da NBA, não escondeu o desejo da liga de investir no mercado europeu, ainda que a forma como tal se processaria continue a ser muito pouco clara.

"A razão pela qual estamos a avançar com cautela é que queremos respeitar o atual ecossistema do basquetebol", declarou em janeiro, quando se deslocou a Paris para assistir aos dois jogos San Antonio-Indiana transferidos para a capital francesa.