Quando Krejci foi para o estrangeiro, o primeiro destino onde absorveu a atmosfera da NBA foi Oklahoma City. Atualmente, os Thunder estão a uma vitória do título na famosa liga e o basquetebolista checo recorda, logicamente, de vez em quando, os seus tempos em OKC. "Por um lado, tenho pena de já não estar lá, mas desejo felicidades a toda a gente. É ótimo ver os rapazes que eram novatos comigo há alguns anos atrás, o papel que têm hoje. Acreditava mesmo que esta equipa chegaria à final daqui a cinco anos. Mas também acredito que podemos lutar por boas posições nas próximas temporadas com o Atlanta", diz o jogador nascido em South Bohemia.
- Vai ver o último jogo?
- Na verdade, não sei, talvez sim. Mas admito que prefiro ver a NHL na televisão. Gosto muito de hóquei, gosto mesmo muito. Eu e os meus amigos fomos ao jogo Carolina vs. Florida este ano. Também queríamos ver Martin Nečas e Radek Faksa, mas infelizmente ambos perderam na primeira ronda dos play-offs no sétimo jogo, o que foi extremamente dececionante. Mas, como já disse, agora vejo mais hóquei do que basquetebol nos playoffs.
- E por quem está a torcer?
- Sou mais fã do Edmonton. Mas estava a torcer pela Carolina quando o Necchi estava lá. Acho que agora estou a torcer por Colorado. Estou mais a torcer pelos nossos rapazes. Lembro-me que, em 2020, quando viajei para OKC pela primeira vez depois da seleção, viajei com o Radek Faksa. Sentámo-nos ao lado um do outro no avião e não nos conhecíamos de todo. Só quando aterrámos na zona de recolha de bagagens é que começámos a falar e ficámos amigos. Por isso, tenho estado a segui-lo em St. Louis, onde ele vive. Eles tiveram uma boa época, mas caíram no sétimo jogo contra o Winnipeg".
Mas vamos a si. Esta época foi boa para si, foi-lhe dado muito espaço, apesar de ter tido alguns problemas de saúde...
"É verdade, é assim que funciona a NBA. Mais cedo ou mais tarde temos uma oportunidade e temos de a agarrar e aproveitá-la ao máximo. Acho que o fiz. Tive a oportunidade de lutar por um lugar. E mesmo quando a lesão surgiu, tive sorte. Aconteceu no penúltimo jogo antes do fim de semana All-Star, por isso foi uma paragem mais longa e não perdi tantos jogos. No final, só fiquei de fora um mês, embora, logo a seguir, os médicos me tenham dito que poderia ser o fim da minha época.
- Acredita que pode manter a sua posição na nova época?
- Claro que há alguma concorrência. Além disso, a maior parte das pessoas que chegam à NBA têm a mentalidade de que têm de destruir tudo o que está à sua frente. Mas também é preciso manter a moral da equipa, e acho que isso está a funcionar bem em Atlanta. Estamos bem nos treinos, estamos a melhorar, estamos a lutar por aquele lugar, mas fora do campo estamos todos bem.
- O Eurobasket já está na mente? A equipa checa está a mudar muito e é óbvio que vai contar muito contigo.
- Vai ser algo de novo, estou ansioso por este desafio. É bom estar com os rapazes com quem jogamos na seleção nacional. Foi um pouco reconstruída, temos um novo treinador e, ao mesmo tempo, estará lá o Tomas Satoransky, que me ajudou como mentor quando fui para a NBA. Na verdade, todos os treinadores de Atlanta ficaram contentes por eu ir jogar no Eurobasket, por contar comigo. Acreditam que isso me fará progredir novamente se eu tiver um papel mais importante. E já sei que alguns treinadores virão a Riga para me ver.
