A situação continua tensa entre as jogadoras da liga profissional norte-americana, que se consideram mal remuneradas, e os dirigentes da WNBA, incluindo a comissária Cathy Engelbert, que tem sido alvo de críticas por parte das estrelas do campeonato, concluído no início de outubro.
Silver, dirigente da NBA e principal acionista da WNBA, foi questionado na terça-feira, minutos antes do arranque da nova época da liga masculina, pela emissora NBC, sobre a diferença entre a parte das receitas da NBA recebida pelos jogadores (cerca de 50%) e a parte das receitas da WNBA que vai para as jogadoras (9,3%).
“Não creio que devamos olhar para as percentagens, porque as receitas da NBA são muito mais elevadas. É preciso analisar os salários em termos absolutos. Estes vão aumentar significativamente como resultado do novo acordo coletivo de trabalho e as jogadoras merecem-no”, defendeu Silver.
Os rendimentos e as condições de trabalho das jogadoras, como a qualidade dos voos e das infraestruturas, continuam a estar a anos-luz dos dos seus homólogos masculinos na NBA, uma liga rica e popular junto do público há várias décadas.
Durante o All-Star Game, em julho, as jogadoras usaram t-shirts com a frase “Paguem-nos o que nos devem”.
O novo acordo coletivo de trabalho deverá ser assinado até 31 de outubro, prazo que poderá ainda ser prorrogado ou resultar num impasse sob a forma de lockout, uma paralisação laboral na ausência de acordo, como aconteceu na NBA em 1998-1999 e 2011.