Numa nota enviada à agência Lusa, a CIMBSE refere que se trata de “um projeto disruptivo que procura a criação, qualificação e promoção de um destino turístico náutico de interior, através da valorização do recurso endógeno ‘Águas de Interior da Região Centro’”.
A Comunidade Intermunicipal destaca que o objetivo “é a criação de valor e de emprego sustentável no território com base na oferta de produtos turísticos integrados e assentes em recursos ambientais, paisagísticos e culturais”.
O projeto abrange 77 concelhos da NUTS II Região Centro, representados por seis comunidades intermunicipais (CIM): das Beiras e Serra da Estrela, da Beira Baixa, do Médio Tejo, da Região de Leiria, de Região de Coimbra e de Viseu Dão Lafões.
A parceria foi formalizada num consórcio, liderado pela CIMBSE e composto por 28 entidades públicas e privadas, que apresentou no dia 16 de fevereiro uma candidatura ao Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos (Provere) da região designada Náutica de Interior no Centro de Portugal.
Para o presidente da CIMBSE, Luís Tadeu “é fundamental apostar na valorização do recurso endógeno enquanto elemento estruturante de um destino turístico náutico de interior de excelência com a sua promoção nacional e internacional”.
O dirigente, que também é presidente da Câmara Municipal de Gouveia (distrito da Guarda), considera que “a diversificação de atividades disponíveis, como canoagem e caiaque, ‘kitesurf’ e ‘windsurf’, mergulho, passeios de barco, pesca desportiva, ‘surfing’, vela e ‘wakeboard’ permite a captação de turistas que procuram este tipo de produto, como motivação primária ou secundária, da sua deslocação ao território”.
O autarca salienta que “o foco está no reforço da competitividade da região, especialmente das zonas de baixa densidade, criação de um modelo de inovação territorial socialmente mais inclusivo, sustentabilidade e resiliência dos territórios interiores”.
Os promotores adiantam que a estratégia assenta em seis eixos nas áreas do empreendedorismo, criação de infraestruturas, criação e qualificação do produto turístico “Náutica de Interior”, da animação e marketing, da digitalização e comercialização do produto turístico e governação e sustentabilidade.
A CIMBSE salienta que na fase de criação do consórcio e definição da estratégia “foram auscultados os diversos atores locais, numa metodologia dinâmica e assertiva de levantamento de problemas/constrangimentos e identificação de necessidade de mudança orientada para objetivos e resultados concretos”.
Esta metodologia “traduziu-se numa estratégia capaz de promover a criação de emprego e riqueza na região com base na valorização de um recurso endógeno - as águas de interior com potencial turístico - presente de forma abrangente e predominante em todo o território”, assegura a CIMBSE.
A CIMBSE, com sede na Guarda, é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).