Para o selecionador Roberto Martinez, Lukaku é "insubstituível" e uma possível ausência obrigaria a alterar a forma de jogar da equipa. Ainda assim, a presença do avançado na prova ainda não está colocada de parte, uma vez que Kristof Sas, médico da seleção, descreveu a mais recente mazela como um "revés" e não como algo fatal para as aspirações do conjunto belga.
"É um revés para o jogador, para o seu clube e para os Red Devils (alcunha da seleção)", explicou Sas, citado pelo jornal belga HLN.
Roberto Martinez, por seu lado, abordou, em declarações ao Nieuwsblad, a importância do avançado para a equipa, essencialmente pela cobertura ofensiva que garante, admitindo a necessidade de reestruturar a linha média e avançada no caso de Lukaku não estar em condições de participar no Mundial-2022.
"Nos Red Devils, ele é insubstituível", sublinhou o selecionador, acrescentando que "todas as seleções nacionais têm jogadores insubstituíveis". "A Argentina tem o Messi, a Croácia tem o Modric, o Brozovic e o Kovacic, a Espanha e a Alemanha também têm jogadores com esse perfil. É assim que funciona. Para nós, são o Courtois, o De Bruyne e o Lukaku. Não conseguimos substituí-los por alguém idêntico. Se não jogam, temos de jogar de forma diferente. Se o Lukaku não estiver, talvez tenhamos de jogar com mais avançados", explicou.
O Inter de Milão, clube ao qual o avançado belga está vinculado, por empréstimo do Chelsea, confirmou nova lesão na coxa esquerda, garantindo que o jogador será reavaliado nos próximos dias.
Lukaku regressou à competição na semana passada, tendo mesmo marcado no triunfo sobre o Viktoria Plzen (4-0), da Liga dos Campeões. Três dias depois, foi suplente utilizado em nova vitória do Inter, desta feita diante da Sampdoria (3-0), em jogo da Série A italiana.
A sensivelmente três semanas do início do Mundial-2022, os próximos dias serão decisivos para o atacante e para a seleção da Bélgica.