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Benfica desvaneceu num Bah-fo, Matheus segurou e Musrati carimbou passaporte para as meias

Atualizado
A bola começa a rolar às 20:30
A bola começa a rolar às 20:30Opta by Stats Perform
Primeiro tempo eletrizante, segunda parte e prolongamento de sentido único, mas o Benfica sobreviveu à desvantagem numérica que veio do primeiro tempo com expulsão de Bah. Antes disso Guedes abriu o marcador e cinco minutos depois do cartão vermelho veio o golo de Al Musrati. Nas grandes penalidades, o líbio converteu o penálti decisivo depois de Matheus ter travado a tentativa de Aursnes.

Quase um mês e meio depois de o SC Braga ter aplicado a primeira derrota da época ao Benfica (3-0), as equipas voltaram a encontrar-se na Pedreira com um mercado pelo meio a deixar marcas. O goleador Vitinha saiu dos bracarenses a caminho de Marselha, não sem antes ter deixado uma bela verba de 32 milhões de euros - a maior venda da história do clube.

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No entanto, os guerreiros do Minho - que pelo meio foram goleados pelo Sporting (5-0) - reforçaram-se com dois internacionais portugueses: Bruma e Pizzi regressaram a Portugal e o antigo médio do Benfica foi aposta inicial contra a antiga equipa. Além disso, Ricardo Horta falhou os últimos dois jogos, incluindo o de Alvalade, e regressou esta noite ao banco de suplentes.

Escolhas iniciais
Escolhas iniciaisFlashscore

Já o Benfica viu-se envolvido numa novela de janeiro com Enzo Fernández. O campeão do Mundo acabou por sair para o Chelsea numa conturbada transferência avaliada em mais 100 milhões de euros do que o avançado bracarense. Chiquinho assumiu o lugar do argentino no meio-campo e Schmidt manteve a confiança nas escolhas que venceram o Casa Pia (3-0).

Os encarnados ameaçaram primeiro, mas João Mário em boa posição tentou o passe em vez de rematar, enquanto o SC Braga respondeu num remate de Niakaté que levava selo de golo, só que Otamendi salvou Vlachodimos com um cabeceamento fulcral. 

No entanto, Schmidt tinha algo preparado no laboratório para trocar as voltas aos minhotos. Aos 15 minutos, canto batido de forma curta com João Mário a devolver a Neres, o brasileiro cruzou ao segundo poste onde surgiu Gonçalo Guedes a cabecear para o fundo das redes, apontando o segundo golo desde o regresso a Portugal.

Vantagem desapareceu num Bah-fo

Com a vantagem, os encarnados ficaram mais dominadores e iam frustrando os arsenalistas até que tudo desmoronou. Aos 30 minutos, na tentativa de travar um contra-ataque, Bah pisou Pizzi por trás e, depois de Tiago Martins recorrer ao vídeo-árbitro, viu o cartão vermelho. Obrigado a mexer, Schmidt tirou o marcador do golo, lançou Gilberto e deixou Neres na frente como ameaça ofensiva.

Bah viu o cartão vermelho por esta entrada sobre Pizzi
Bah viu o cartão vermelho por esta entrada sobre PizziLUSA

Já os bracarenses, impulsionados pelas hostes, foram à procura do empate e nem precisaram de esperar muito. Cinco minutos depois - e também de canto -, André Horta levantou ao primeiro poste, Racic desviou ligeiramente para Al Musrati aparecer solto no segundo poste e encostar para o fundo das redes.

Ao intervalo, Schmidt acautelou uma possível entrada contundente do SC Braga e lançou Morato para o lugar de Florentino e Gonçalo Ramos por Neres, colocando uma defesa a três para projetar os laterais e um avançado mais fixo para corresponder aos cruzamentos. Já os bracarenses foram mais metódicos: saiu Pizzi, entrou Bruma para acrescentar irreverência. 

Estatísticas ao intervalo
Estatísticas ao intervaloFlashscore

Pressão inconsequente

Com as alterações, os anfitriões partiram para cima do adversário e desde cedo visaram a baliza adversária, apesar de o terem feito sempre de meia e longa distância. O Benfica não abdicou de manter a posse de bola e Artur Jorge optou por tirar Racic e lançar Banza, pressionando cada vez mais acima a defesa encarnada.

O único aviso das águias surgiu pelos 70 minutos, numa jogada individual de João Mário que, em boa posição para rematar, soltou para Aursnes e o remate do norueguês passou muito perto do poste. Na outra área, Vlachodimos brilhou perante os irmãos Horta

Primeiro foi André a aproveitar uma bola perdida à entrada da área para testar os reflexos atentos do guardião e, depois, o recém-entrado Ricardo atirou cruzado para novo voo do grego. Na cobrança do canto, Gilberto evitou o golo certo Al Musrati. Já ao cair do pano, Bruma fugiu pelo flanco esquerdo, tentou assistir Banza na pequena área, mas o desvio de calcanhar do francês encontrou o poste.

O tempo regulamentar não trouxe um desfecho à partida e, portanto, houve prolongamento na Pedreira. Gonçalo Ramos, que tinha ficado a queixar-se de um toque no final dos 90 minutos ficou pelo banco de suplentes e foi rendido por Rafa. Numa primeira parte com pouca história, destaque apenas para um livre de Ricardo Horta que, na recarga, atirou perto da trave.

As opções do treinador alemão ao descanso saíram furadas, já que depois da saída de Gonçalo Ramos, Moratto acabou por ver dois cartões amarelos na segunda parte do prolongamento e o Benfica terminou com nove, mas sobreviveu até às grandes penalidades, aproveitando também o desperdício de Victor Gómez já perto do final.

A Musrati o que é de Musrati

Nos penáltis, três remates certeiros para cada lado até que Aursnes, um dos melhores do Benfica, atirou denunciado para grande defesa de Matheus. No pontapé decisivo, Al Musrati enganou Vlachodimos e carimbou a passagem às meias-finais, um final merecido para uma exibição estrondosa do líbio.

Homem do jogo Flashscore: Al Musrati (SC Braga).