No pavilhão da Expocentro, em Pombal, as águias venceram os leões no setor masculino por um ponto de vantagem (97 contra 96), tendo o anúncio do vencedor sido adiado, largos minutos, devido a protestos do Sporting, por motivo não revelado, que foram analisados pelo júri de apelo da competição, disse fonte da Federação Portuguesa de Atletismo.
Depois de ter perdido para o Sporting por meio ponto em 2023, vendo então a equipa leonina colocar termo a 12 títulos consecutivos, o Benfica voltou este ano ao triunfo em masculinos, mantendo a vantagem de um ponto que detinha no fim da primeira jornada, realizada no sábado.
No setor feminino, a vitória do Benfica acabou com o domínio sportinguista na modalidade (13 títulos consecutivos entre 2011 e 2023 e 29 títulos desde 1995, apenas interrompidos pela vitória do FC Porto em 2010).
Em femininos, o Benfica alcançou 93 pontos contra 90 do Sporting, tendo o lugar mais baixo do pódio sido conquistado pelo Jardim da Serra, da Madeira, com 58 pontos.
Para o triunfo benfiquista no setor masculino concorreram, na segunda jornada realizada este domingo, as vitórias de Etson Barros nos 3.000 metros, do atleta cubano Roger Iribarne nos 60 metros barreiras e de Francisco Belo no lançamento de peso. Os 19,89 metros do benfiquista pulverizaram a concorrência, deixando o segundo classificado (Daniel Santiago, do Grupo Desportivo Estreito, da Madeira) a quase quatro metros de distância (15,93 metros).
Em masculinos, o Sporting respondeu com a vitória dupla de Tiago Luís Pereira no salto em altura (2,20 metros) e no triplo salto (16,30 metros ao terceiro ensaio), nos 800 metros, por Mohamed Ali Gouaned e na estafeta 4x400 metros.
No entanto, dois terceiros lugares no lançamento do peso e nos 1.500 metros (esta uma prova realizada no sábado), afastaram os sportinguistas do primeiro lugar e da revalidação do título alcançado o ano passado.
No setor feminino, o Benfica partiu para o último dia com sete pontos de vantagem (52 contra 45 do Sporting) e geriu bem a distância para o principal perseguidor, cedendo quatro pontos e arrebatando o título.
Destaque para o equilibrado e empolgante concurso de salto com vara, em que a benfiquista Joana Barreto foi a única a lograr ultrapassar a fasquia colocada a 3,75 metros, ao terceiro ensaio, relegando Raquel Marques (Sporting) para a segunda posição (3,70 metros). Cátia Pereira, do AC Póvoa do Varzim, ficou na terceira posição, depois de ter tentado os 3,80 metros, sem sucesso.
Já a madeirense Catarina Karas, do ACD Jardim da Serra, foi a única atleta a conseguir contrariar a hegemonia de Benfica e Sporting, vencendo a prova de 60 metros barreiras (08,27 segundos).
De resto, as vitórias desta segunda jornada em femininos foram para Agate Sousa (Benfica), no triplo salto, enquanto Patrícia Silva (800 metros), Fancy Cherono (3.000 metros) e a estafeta de 4x400 metros lograram três vitórias para a equipa leonina.
Competindo na segunda série de 4x400 metros, a equipa sportinguista de estafetas (Carina Vanessa, Vera Barbosa, Juliana Guerreiro e Cátia Azevedo) alcançou um novo recorde nacional de clubes (3.36,51 minutos), tirando mais de um segundo ao anterior máximo, também detido pelas leoas desde 2020.
No entanto, este tempo ainda ficou longe do recorde nacional absoluto feminino (3.35,43 minutos), estabelecido pela seleção nacional em Birmingham, Reino Unido, em março de 2018, nos mundiais de pista coberta.