Um tribunal de segunda instância de Buenos Aires determinou o processamento do ex-advogado de Maradona, Matías Morla, e de dois de seus assistentes por suspeita de administração fraudulenta da marca Diego Maradona e seus derivados que, segundo os seus filhos, lhe deveriam ter sido cedidos após a morte do argentino.
Duas das irmãs do ídolo, Rita e Cláudia Maradona, bem como uma notária, foram processadas como "participantes necessárias" do caso.
A todos eles foi imposto um embargo de 2 mil milhões de pesos (1.137.114 euros na cotação oficial).
O tribunal considerou que a sociedade comercial criada por Morla para gerir a marca era um "mero disfarce" e que Maradona "continuava a exercer domínio" sobre o seu património no momento da morte.
Nessas condições, aponta a decisão, os bens, tangíveis ou não, "passam imediatamente à propriedade de seus herdeiros", neste caso, os filhos.
Um caso que promete arrastar-se
O processo começou em 2021, quando duas das filhas de Maradona (Dalma e Giannina) acusaram Morla e os restantes arguidos de se apropriarem da marca, que inclui contratos milionários em vários países. Mais tarde, os outros três filhos do ídolo do futebol juntaram-se como autores da ação.
Diego Armando faleceu a 25 de novembro de 2020, vítima de um edema pulmonar, enquanto recuperava em casa de uma neurocirurgia recente.
O processo relativo à marca decorre em paralelo ao julgamento de oito profissionais de saúde, que procura determinar a sua responsabilidade na morte da estrela do futebol.
Um primeiro julgamento foi anulado em maio, após o afastamento de uma das magistradas, acusada de realizar um documentário clandestino sobre o processo, e ainda não há data para a sua retomada.