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Bens das irmãs e do advogado de Maradona embargados por suspeita de fraude

Pede-se justiça para D10S
Pede-se justiça para D10S LUIS ROBAYO / AFP
A justiça argentina embargou esta quinta-feira os bens de duas irmãs de Diego Maradona, do seu advogado e de outras três pessoas por suspeita de administração fraudulenta da marca do astro do futebol, falecido em 2020, segundo uma decisão à qual a AFP teve acesso.

Um tribunal de segunda instância de Buenos Aires determinou o processamento do ex-advogado de Maradona, Matías Morla, e de dois de seus assistentes por suspeita de administração fraudulenta da marca Diego Maradona e seus derivados que, segundo os seus filhos, lhe deveriam ter sido cedidos após a morte do argentino.

Duas das irmãs do ídolo, Rita e Cláudia Maradona, bem como uma notária, foram processadas como "participantes necessárias" do caso.

A todos eles foi imposto um embargo de 2 mil milhões de pesos (1.137.114 euros na cotação oficial).

O tribunal considerou que a sociedade comercial criada por Morla para gerir a marca era um "mero disfarce" e que Maradona "continuava a exercer domínio" sobre o seu património no momento da morte.

Nessas condições, aponta a decisão, os bens, tangíveis ou não, "passam imediatamente à propriedade de seus herdeiros", neste caso, os filhos.

Um caso que promete arrastar-se

O processo começou em 2021, quando duas das filhas de Maradona (Dalma e Giannina) acusaram Morla e os restantes arguidos de se apropriarem da marca, que inclui contratos milionários em vários países. Mais tarde, os outros três filhos do ídolo do futebol juntaram-se como autores da ação.

Diego Armando faleceu a 25 de novembro de 2020, vítima de um edema pulmonar, enquanto recuperava em casa de uma neurocirurgia recente.

O processo relativo à marca decorre em paralelo ao julgamento de oito profissionais de saúde, que procura determinar a sua responsabilidade na morte da estrela do futebol.

Um primeiro julgamento foi anulado em maio, após o afastamento de uma das magistradas, acusada de realizar um documentário clandestino sobre o processo, e ainda não há data para a sua retomada.