Besseberg, que sempre negou as alegações contra ele, foi acusado de aceitar subornos de funcionários russos, em particular, incluindo dinheiro, relógios de luxo, viagens de caça e prostitutas.
"Estou naturalmente desiludido e surpreendido com a sentença e com algumas das razões apresentadas pelos juízes. Vou recorrer imediatamente", declarou Besseberg, depois de o juiz ter lido a sentença de 67 páginas durante quase três horas.
"O arguido quebrou a confiança associada à sua posição na IBU ao aceitar os benefícios", disse o juiz Vidar Toftoy-Lohne. O Ministério Público congratulou-se com a sentença, pois tinha pedido uma pena de prisão de três anos e sete meses e uma multa de um milhão de coroas (cerca de 89 mil euros). O tribunal não aplicou qualquer coima, mas ordenou a Besseberg que devolvesse os presentes no valor de 1,4 milhões de coroas.
Besseberg admitiu ter aceite presentes, mas rejeitou a suspeita de que se tratasse de corrupção. Besseberg terá encoberto o caso de doping na equipa russa durante anos, e o funcionário terá também feito pressão para que os Campeonatos do Mundo de 2021 fossem atribuídos a Tyumen, na Rússia, apesar dos escândalos de doping. As competições acabaram por ser transferidas para Pokljuka, na Eslovénia.
Na Noruega, basta aceitar favores impróprios, mesmo que nada seja oferecido em troca, para constituir o crime de corrupção.