O pugilista, filho da lenda do boxe Julio César Chávez, foi deportado para o México dos Estados Unidos na última segunda-feira e neste sábado foi apresentado a um juiz federal no estado de Sonora (noroeste).
"Vai ser colocado em liberdade imediata porque assim o ordenou o juiz", disse à imprensa o advogado Rubén Fernando Benítez.
A Procuradoria-Geral não respondeu imediatamente a um pedido de informação sobre o caso por parte da AFP.
A acusação contra Chávez Jr. foi de "delinquência organizada" sem funções de hierarquia e é apontado especificamente por participar da "introdução clandestina de armas no México", acrescentou o advogado.
Explicou que ao atleta foram impostas "medidas muito estritas", como não sair do país, mas garantiu que "ele vai cumpri-las" de forma rigorosa.
Devido aos trâmites, poderão passar algumas horas até que seja libertado em liberdade condicional.
Chávez, de 39 anos, foi detido em 2 de julho por autoridades migratórias dos Estados Unidos em Los Angeles, acusado de mentir no seu pedido de residência permanente naquele país.
Até oito anos de prisão
Ao se saber que havia uma ordem de captura vigente no México, as autoridades americanas o entregaram numa ponte fronteiriça de Sonora à justiça mexicana, que o transferiu para o presídio de Hermosillo, a capital estadual.
A audiência de sábado começou no final da tarde e terminou à noite.
Segundo a imprensa local, a Procuradoria pediu ao juiz mais três meses para investigar e reunir mais provas contra o pugilista. A próxima audiência será em 24 de novembro.
Se for considerado responsável, disse o seu advogado, poderá enfrentar uma pena de quatro a oito anos de prisão.
A detenção do pugilista nos Estados Unidos ocorreu apenas quatro dias depois de ter protagonizado uma das noites de boxe mais publicitadas do ano, em que foi derrotado pelo local Jake Paul.