Por braço no ar, a 144.ª sessão do Comité Olímpico Internacional, reunida em Costa Navarino, na Grécia, aprovou por unanimidade a recomendação feita na segunda-feira pelo Conselho Executivo do organismo.
"Só tivemos uma decisão concreta, a de incluir o boxe no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles", declarou o presidente do COI, Thomas Bach, numa conferência de imprensa.
Embora a presença do boxe, herdeiro do antigo pancrácio e presença constante no programa dos Jogos modernos, pareça evidente, implicou a resolução do longo diferendo entre o COI e a Associação Internacional de Boxe (IBA), desacreditada desde 2019 por graves problemas de governação e depois pela dependência do financiamento da Gazprom, o gigante russo do gás.
Em fevereiro, a organização sediada em Lausanne concedeu finalmente o reconhecimento "provisório" à jovem federação internacional World Boxing, remetendo a IBA para o caixote do lixo do Olimpismo.
Criada em 2023, a World Boxing tinha apenas 78 federações membros no final de fevereiro, muito longe dos outros organismos reconhecidos, mas "forneceu provas de que 62% dos pugilistas e 58% dos medalhistas nos Jogos Olímpicos de Paris" estavam filiados nestas federações, segundo a lista do COI.
Na sequência da suspensão da IBA, o COI teve de assumir por duas vezes a tarefa de organizar diretamente o torneio olímpico de boxe, primeiro nos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio e depois nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, e procura desde então um"parceiro fiável" para assumir esta tarefa.