O ucraniano teve uma atuação brilhante, ao derrubar o britânico Dubois no quinto assalto, no Estádio de Wembley, juntando o cinturão da IBF aos seus títulos da WBC, WBA e WBO.
Questionado sobre como conseguiu continuar a competir com tanta vontade aos 38 anos, Usyk disse aos jornalistas: "Não tenho motivação, tenho disciplina".
"A motivação é temporária. Hoje temo-la, amanhã acordamos cedo e já não a temos. Quando acordo de manhã cedo para treinar, nunca tenho motivação, só tenho disciplina. Só os desportistas amadores precisam de motivação. A motivação é boa, mas a disciplina é melhor", afirmou.
O combate de unificação de sábado foi uma desforra de um combate que Dubois perdeu por um KO controverso, no nono assalto em Wroclaw, na Polónia, em 2023, depois de Usyk ter tido tempo para recuperar do que o árbitro considerou ser um golpe baixo.
Usyk disse que ele e a sua equipa tinham aproveitado as lições aprendidas no primeiro encontro com Dubois, acrescentando que até tinham nomeado a combinação precisa de golpes que levou à sua vitória.
"Preparámo-nos para este combate, com a minha equipa. Aprendemos com o primeiro combate, tivemos muito tempo, dois anos, para preparar uma combinação", disse.
"O soco chama-se Ivan. É um nome ucraniano, é como um tipo grande que vive numa aldeia e trabalha numa quinta! É um soco forte", explicou.
Embora Usyk não se tenha comprometido com o próximo adversário, sublinhou que ainda não está pronto para pendurar as luvas.
"Agora quero descansar. Não posso dizer quem é o meu próximo adversário hoje, porque estive a preparar-me durante três meses e meio. Não vejo a minha família, a minha mulher", disse.
"Todos os dias vivo com a minha equipa, com 14 homens numa casa. Todos os dias, só as mesmas caras. Agora quero voltar para casa. Quero tomar uma decisão sobre o que se segue. Vou continuar no boxe, vou continuar a treinar, mas agora não posso dizer quem é o meu próximo adversário", concluiu.