Jogos Europeus: Canoagem reforça estatuto de ‘abono’ das missões portuguesas

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Jogos Europeus: Canoagem reforça estatuto de ‘abono’ das missões portuguesas

Fernando Pimenta conquistou medalha de prata em K1 500
Fernando Pimenta conquistou medalha de prata em K1 500Comité Olímpico de Portugal
As quatro medalhas da canoagem em Cracóvia-2023, duas de ouro, reforçaram o seu estatuto de modalidade que mais pódios deu a Portugal em Jogos Europeus, com um total de oito, cinco das quais do ‘super’ Fernando Pimenta.

Se a canoagem reina em termos de modalidade mais bem-sucedida e tem o atleta com mais pódios no conjunto das três missões portuguesas, contando com Baku-2015 e Minsk-2019, há num segundo nível de destaque o atletismo e o ténis de mesa, ambos com cinco pódios – tantos quantos a ginástica - e a completar o trio de modalidades que têm duas medalhas de ouro.

Fernando Pimenta, que chegou à Polónia como o desportista mais bem-sucedido, com quatro pratas, mais um pódio do que a judoca Telma Monteiro, que tem uma de cada (a de prata é de equipas mistas), reforçou esse estatuto com nova prata, em K1 500, que não é a sua distância.

O pecúlio só não pôde aumentar porque estes Europeus tiveram a particularidade de se disputar num lago pequeno, o que impediu a realização das provas de 1.000 e 5.000 metros, precisamente aquelas em que o limiano tinha garantido quatro pódios no passado e são a sua especialidade.

À canoagem faltava, ainda assim, o ouro em Jogos Europeus, que foi garantido por Messias Baptista em K1 200 metros, sucedendo no título europeu a Kevin Santos que, juntamente com Teresa Portela, também amealhou o ouro, em K2 200. Referência, igualmente, para o bronze de Francisca Laia em K1 200 metros.

Com quatro dos 16 pódios portugueses na Polónia, a canoagem valeu exatamente um quarto das celebrações desta missão, que festejou mais um ouro, o de Auriol Dongmo, num concurso de lançamento do peso a 19,07 metros, superiorizando-se, com relativo à-vontade, à alemã Yemisi Ogunleye (18,85) e à sueca Axelina Johansson (18,32).

O campeonato da Europa de seleções de atletismo, sem boa parte das suas figuras proeminentes, garantiu ainda a medalha de prata a João Coelho nos 400 metros e Isaac Nader nos 1.500 metros, que ajudaram Portugal a manter-se entre as 16 formações da primeira divisão, com o oitavo lugar.

O ténis de mesa manteve a tradição de subir ao pódio em Jogos Europeus, amealhando a prata ‘amarga’ de Marcos Freitas – nunca esteve tão perto de um grande título individual – e o bronze das equipas femininas; o madeirense foi ainda quarto em equipas, sendo que um pódio o deixaria isolado no segundo lugar de atletas mais medalhados, com quatro êxitos.

Na bagagem, aquela modalidade trazia o ouro das equipas masculinas em Baku-2015 e o bronze em Minsk, bem como o primeiro lugar de Fu Yu na Bielorrússia.

Ficou a estranheza de Portugal não ter competido em pares mistos, que foi a única variante em Cracóvia a atribuir vagas para Paris-2024.

No lado das surpresas boas, Miguel Frazão e o pódio na esgrima, na especialidade de espada, com uma prata que foi acompanhada do seu irmão Filipe, que afastou, nos quartos de final, fase à qual chegou também Max Rod.

Nas estreias, fica na retina a reviravolta na ‘raça’ da dupla Afonso Fazendeiro/Miguel Oliveira, que levou o bronze no padel, e as pratas no muaythai de Gonçalo Noites (-71 kg) e Matilde Rodrigues (-57 kg).

Maior estranheza causou a ausência no medalheiro da equipa de futebol de praia, depois do bronze em Baku e do ouro em Minsk: os pupilos de Mário Narciso perderam tanto a meia-final como a disputa do bronze no desempate nas grandes penalidades.

Pedro Pichardo, campeão da Europa, mundial e olímpico, estava escalonado para dar outra força ao atletismo português, mas à última não viajou, sendo essa ausência comunicada entre linhas, como se um mero ajuste de pormenor se tratasse.

As 10 medalhas de Baku-2015 resultaram no 18.º lugar entre as nações europeias, as 15 de Minsk-2019 no 17.º e as 16 deste ano no 21.º, numa edição que não contou com a Rússia, clara ganhadora das duas primeiras edições, e Bielorrússia, sétima e segunda classificada, respetivamente, devido à guerra na Ucrânia.

A terceira edição dos Jogos Europeus decorreu entre 21 de junho e no domingo, em Cracóvia e na região polaca de Malopolska, com 30 modalidades no programa e 48 países participantes, incluindo Portugal, que contou com uma delegação com mais de duas centenas de atletas.