São, ao todo, 22 transferências que foram feitas pela Juventus e que estão sobre a mira do Procurador-Geral de Turim. Não se tratam só de trocas, mas de transferências que não convencem.
Vamos, então, perceber com que clubes e que jogadores estão envolvidos nestes negócios
Manchester City
No verão de 2019, a saída de João Cancelo para Inglaterra, por 65 millhões de euros permtiu ao emblema de Turim uma mais-valia de 30,442 milhões de euros, numa operação que levou Danilo para Itália por 37 milhões de euros. Ambas as operações foram liquidadas em três prestações, com prazos idênticos para os dois clubes.
Em 2020, Pablo Moreno rumou ao Manchester City, por 10 milhões de euros, o que valeu um lucro de 9,5 milhões de euros. De acordo com os investigadores, existem cláusulas que definiram a contratação de Félix Correia, que chegou mais tarde, por 10,509 milhões de euros.
Barcelona
A 24 de janeiro de 2020, Matheus Pereira da Silva foi emprestado ao Barcelona, com uma opção de compra obrigatória avaliada em oito milhões de euros. No mesmo dia, Marques Mendez foi contratado aos catalães por 8,2 milhões de euros.
No verão de 2020, Pjanic viajou de Turim para a Catalunha por 60 milhões de euros, a que podiam acrescer mais cinco, mediante a prestação desportiva, o que garantia à Juventus uma mais-valia de 43,722 milhões de euros no orçamento. Contudo, no mesmo dia, Arthur deixou a Cidade Condal e fez o caminho inverso, por 72 milhões de euros.
Sampdoria
A venda de Emiliano Audero acabou por ser uma troca. O guarda-redes foi para Génova por 20 milhões de euros, com Peeters e Mulé a rumarem à Juventus por 4 e 3,5 milhões de euros, respetivamente. A 29 de janeiro de 2020, a Juventus voltou a negociar com os bluecerchiati, desta feita com os empréstimos de Francofonte, Stoppa e Gerbi, com uma opção de compra de quatroo milhões de euros, sendo que Vrioni rumou a Turim, pelo mesmo valor, pago em três prestações. O ganho total foi de 1,7 milhões de euros.
AC Milan
Em 2018, o Milan contratou Caldara à Juventus, por 35 milhões de euros, permitindo ao clube italiano inscrever 21,582 milhões de euros no orçamento. Contudo, o emblema de Turim acabou por ir buscar Bonucci ao emblema milanês, por 35 milhões euros.
Roma
A venda de Spinazzola à Roma, por 29,5 milhões de euros (que permitiu um lucro de 25,898 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas) foi contemporânea com a transferência de Luca Pellegrini, por 22 milhões de euros. Uma transferência que na altura mereceu uma reprimenda pública da parte de Cherubini, antigo diretor desportivo.
Génova
A 24 de janeiro de 2019, Sturaro foi para o Génova por 18 milhões de euros (lucro de 13,615 milhões de euros), com Zanimacchia a fazer o caminho para Turim, por quatro milhões de euros. A 28 de janeiro de 2021, os genoveses contrataram Petrelli e Portanova por oito e 10 milhões respetivamente (lucro de 16,9 milhões), sendo que no mesmo dia contratou Rovella aos griffone por... 18 milhões de euros.
Suíça
A 26 de janeiro de 2019, a Juventus vendeu Kameraj e Macek ao Lugano por um total de 2,359 milhões de euros (ganho de 2,193 milhões). No mesmo dia, Masciangelo e Vlasenko fizeram a viagem inversa por 2,8 milhões.
A 2 de julho de 2019, Andersson seguiu para o Sion por quatro milhões de euros (3,778 milhões de euros de ganho). Seis meses depois, Cotter rumou à Juventus por 4,9 milhões de euros. Nos documentos apreendidos é explicado que mais do que uma opção técnica, esta foi uma contratação que serviu para equilibrar as contas e o valor foi definido segundo uma fórmula.
No verão de 2020, Sene rumou ao Basileia por quatro milhões de euros (3,909 milhões de ganho), sendo que do mesmo clube veio Hajdari para a Juventus, por 4,380 milhões.
A 22 de dezembro de 2021, Lungoyi chegou à Juventus do Lugano por 2,5 milhões de euros. No início de janeiro, Monzialo, que se encontrava por empréstimo, ficou em definitivo nesta equipa por 2,5 milhões, garantindo um lucro de 2,3 milhões de euros.
Outros movimentos
A venda de Leonardo Loria ao Pisa, a 28 de junho de 2020, por 2,5 milhões de euros, a que se seguiu a compra de Stefano Gori, por 3,2 milhões de euros.
A 31 de janeiro de 2020, Eric Lanini seguiu para o Parma por 2,3 milhões de euros, mais 0,5 milhões de bónus. No mesmo dia, Alessandro Minelli chegou a Turim por 2,9 milhões de euros.
A 30 de agosto de 2019, Edoardo Masciangelo foi emprestado ao Pescara, com uma opção de compra de 2,3 milhões de euros. A 24 de janeiro de 2020, a equipa da Serie B exerceu essa cláusula, sendo que a Juventus acabou por contratar Brunori, por 2,8 milhões.
A 30 de janeiro de 2020, Rafael Fonseca seguiu para o Amiens, com opção de compra de 1,5 milhões de euros, que foi exercida a 24 de junho do mesmo ano. Quase um mês depois, em julho, a Juventus contratou Nzouango por 1,9 milhões de euros, um jogador cujo contrato tinha acabado a... 30 de junho.
A 27 de janeiro de 2021, Tongya foi para o Marselha por oito melhor de euros, o mesmo valor que a Juventus gastou para trazer Aké. Uma troca, confirmada pelo Procurador-Geral que garante não ter existido movimento de dinheiro.
A 15 de janeiro de 2021, Giulio Parodi segui para o Pro Vercelli por 1,3 milhões. Ao mesmo tempo, De Marino foi contratado pela Juventus por 1,5 milhões.
Por último, está a venda de Emre Can ao Dortmund. Aconteceu a 1 de julho de 2020, mas o valor gerado de 14,7 milhões aparece no orçamento que terminou a 30 de junho de 2020.