Cesariny estaria orgulhoso: Arouca, em inferioridade, vence Estoril em jogo surreal (4-3)

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Cesariny estaria orgulhoso: Arouca, em inferioridade, vence Estoril em jogo surreal (4-3)

Arouca e Estoril proporcionaram um dos melhores jogos da temporada
Arouca e Estoril proporcionaram um dos melhores jogos da temporadaLUSA
Não estão entretidos? A frase até fica melhor em inglês ("Are you not entertained?"), mas o que aconteceu este domingo em Arouca rivaliza com o melhor da Premier League e há que destacar o produto nacional. Os dois clubes deram espetáculo num jogo com grandes golos, uma reviravolta, uma boa dose de emoção e outra de surrealismo, numa justa homenagem no centenário de Mário Cesariny.

Recorde aqui as incidências do encontro

Depois de um arranque positivo na Taça da Liga (2-0 ao Rio Ave) e na Europa (vitória por 2-1 sobre o Brann), Daniel Ramos preparou a estreia no campeonato como novo treinador do Arouca sem alterações em relação ao último onze.

Escolhas iniciais e pontuações no final do jogo
Escolhas iniciais e pontuações no final do jogoFlashscore

Por outro lado, a era de Álvaro Pacheco nos canarinhos também começou com o pé direito na Taça da Liga (2-0 com o Paços de Ferreira e 5-1 ao Belenenses), mas ainda assim optou por mexer no onze, promovendo a estreia de Mangala - de regresso ao futebol português -, além das entradas dos reforços Jordan Holsgrove e Heriberto Tavares.

Primeiras pinceladas de surrealismo

Acabaria por tratar-se de um opção acertada por parte do técnico estorilista, visto que, aos 10 minutos, Jordan Holsgrove abriu o ativo através de livre direto e no qual De Arruabarrena - um dos destaques da época passada - ficou muito mal na fotografia.

O Estoril voltou a marcar logo de seguida por Heriberto Tavares, mas o golo foi anulado por fora de jogo de Cassiano, que interferiu no lance. A análise do vídeo-árbitro foi demorada e, no recomeço, Tiago Araújo - ele que passou pelo Arouca em 2021/22 - fez um mau passe para a zona central, aproveitado por Mújica com um excelente remate à entrada da área, que não deu hipóteses a Dani Figueira.

O empate foi um bom tónico para o Arouca, que afastou a má entrada e começou a apresentar um jogo mais fluído. Dani Figueira foi fulcral ao impedir um lance afortunado de Mújica e Cristo González atirou em zona promissora contra o corpo de um defesa. Mas, como diz o ditado, no melhor pano cai a nódoa e Daniel Ramos foi confrontado com um revés.

Depois de três amarelos na primeira parte para os arouquenses, um deles para Kouassi, o médio costa-marfinense viu o cartão vermelho direto por uma entrada dura sobre Cassiano e deixou a equipa reduzida a 10, aos 37 minutos. O Estoril assumiu as rédeas do encontro a partir desse momento, mas não foi capaz de criar perigo até ao descanso.

Espelho meu, espelho... teu?

O regresso do balneário não trouxe alterações nos intervenientes e até aí tudo bem. Trouxe sim, uma repetição do que se passou nos primeiros minutos do encontro. Vamos por partes: aos 49 minutos, Volnei Feltes insistiu depois de um mau cruzamento e encontrou João Marques na área que, de ângulo muito apertado, rematou de trivela com a bola a encaixar no ângulo! Um grande golo na estreia a marcar pelo clube da Linha.

Cinco minutos depois, Cassiano viu o seu golo ser anulado por fora de jogo... de Heriberto. Se isto já lhe começa a parecer surreal espere um pouco, porque ainda há mais para vir.

É que, logo de seguida, o Arouca empatou e com novo golaço! Num livre lateral, David Simão enganou a defesa, passou para a entrada da área onde Cristo González, de primeira, desferiu um potente remate ao ângulo para o empate... à semelhança de Mujica.

Cesariny estaria orgulhoso

O encontro ficou ainda mais animado com as mexidas nas duas equipas, Daniel Ramos tentou tornar a equipa mais defensiva e Álvaro Pacheco lançou armas ofensivas. Uma delas foi Alejandro Marquès que só precisou de cinco minutos em campo para faturar, num lance semelhante ao golo anulado a Cassiano, mas do outro lado. Volnei Feltes armou um excelente cruzamento em arco e o avançado correspondeu de cabeça da melhor forma.

Já está a calcular o que vai acontecer, certo? A vantagem durou um total de três minutos e trouxe de volta a expressão "no melhor pano cai a nódoa". Depois de duas assistências, Volnei Feltes borrou a pintura com um golo na própria baliza na sequência de um livre direto levantado para a área

Ainda insatisfeito com a marca que deixou no jogo, Volnei Feltes tirou um cruzamento que acertou na trave e fez um remate em zona perigosa para defesa de Arruabarrena. Mas o melhor estava guardado para o fim... Aos 90+5 minutos - em nove de compensação -, numa jogada carregada de crença, Weverson levantou para o segundo poste, onde apareceu o recém-entrado Pedro Santos a fazer o golo da vitória para os Lobos de Arouca

Uma pincelada final num quadro que pareceu saído da obra de Mário Cesariny, a melhor homenagem que podia ser feita ao principal representante do surrealismo português na semana em que se celebra o seu centenário.

Homem do jogo Flashscore: David Simão (Arouca).

As estatísticas no final do encontro
As estatísticas no final do encontroOpta by Stats Perform