“A prova mais difícil, em Zurique (2024), tinha cerca de 4.000 metros de desnível. No Ruanda, tem mais 1.000 metros, cerca de 5000 metros de desnível”, explicou o presidente da federação de ciclismo, Samson Ndayishimiye, em conferência em Londres.
Desde que começaram, em 1927, os mundiais de ciclismo de estrada nunca passaram pelo continente africano, pelo que o evento é acolhido como um momento de celebração para a região.
“O Ruanda tem sido um país muito afortunado, pois tem tudo o que o ciclismo e os ciclistas precisam como desporto”, justificou o dirigente.
Entre as novidades destes Mundiais, igualmente o facto do contrarrelógio começar, pela primeira vez, em recinto fechado, nomeadamente no BK, um pavilhão de basquetebol com capacidade para 10.000 espetadores.
Os organizadores garantem igualmente que o país da África central tem uma rede de estradas adequadas às exigências deste evento.
As grandes figuras do ciclismo internacional são esperadas em Kigali, nomeadamente o atual campeão mundial de fundo, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), sendo que a organização garante que não haverá qualquer problema de segurança, apesar do conflito armado com o vizinho Congo.
A União Europeia chegou a pedir à União Ciclista Internacional (UCI) para mudar o país organizador, mas esta não acedeu às suas pretensões.
Além de tranquilizar os competidores, a organização confia ainda na visita “entre 4.000 a 7.000 visitantes internacionais” que se deslocam para assistir ao evento.
De igual modo, são esperados cerca de 300 milhões de telespetadores durante a semana, tendo em contra que haverá 140 transmissões televisivas.