"Estou aliviado, feliz e orgulhoso por estar em melhores condições no início desta corrida do que há um ano. Vou poder validar a minha preparação, que correu muito bem, e ver qual é a minha posição em relação ao Tadej e ao Jonas, os dois principais candidatos à vitória", explicou Remco Evenepoel.
Seis meses após o acidente com um carro dos correios belgas, a 3 de dezembro, do qual recuperou com múltiplas fracturas nas costelas, na omoplata direita e na mão direita, bem como uma clavícula esquerda partida, o duplo campeão olímpico diz-se inicialmente "aliviado".
"Depois de lesões graves, nunca se sabe a que nível se pode regressar. Durante as clássicas das Ardenas e a Volta à Romandia, não estive na minha melhor forma", declarou o belga líder da equipa Soudal-Quick Step: "Mas não entrei em pânico. Trabalhei muito. E o treino que acabei de fazer na Serra Leoa tranquilizou-me muito. Peso menos 1,5 quilos do que pesava há um ano. Sinto-me mais confiante. Tudo está a postos para que eu possa correr na frente".
Em março de 2024, Evenepoel sofreu um grave acidente na Volta ao País Basco (fracturas na clavícula direita e na omoplata) e apresentou-se no Dauphiné em mau estado (sétimo lugar na final, a 2'25 minutos do vencedor Primoz Roglic), o que não o impediu de terminar em terceiro lugar na Volta a França um mês mais tarde.
"Este ano, as coisas são muito diferentes. Trabalhei em todos os aspectos que me permitirão desempenhar um bom papel na classificação geral", continuou: "Vou descobrir qual é a minha posição em relação aos melhores nas subidas de uma hora, nas colinas mais curtas e nos contra-relógios".
O seu objetivo no Dauphiné será "ganhar uma etapa", e porque não o contrarrelógio de Saint-Péray (17,4 km), a 11 de junho, antes das etapas de montanha: "Será um contrarrelógio explosivo com uma subida de dois quilómetros a 9%. Vou dar o meu melhor, mesmo que esta etapa não desempenhe um papel importante na classificação geral final".