Primoz Roglic não vai ganhar a 108.ª edição do Giro. Ou se o fizer, será à custa de uma terceira semana titânica. Porque nas encostas do Passo Dori, a 27,5 quilómetros do fim, o número 1 saltou e rapidamente ganhou um minuto no relógio. Na frente, Richard Caparaz e Derek Gee aceleraram, mas foi sobretudo o camisola rosa Isaac del Toro que impressionou. Fácil de seguir os ataques, em particular o de Simon Yates, o mexicano esteve um bom tempo a fazer contacto visual com Juan Ayuso, que não estava no seu melhor. Fiel, empatou quando podia (devia) ter surpreendido na corrida.
O peso dos anos fez-se sentir em "Rogla", que foi cuspido a 1:32 minutospor Del Toro, "apenas", poder-se-ia dizer, e o esloveno pode agradecer a Daniel Felipe Martínez que o puxou para limitar ao máximo os danos.
Na frente, Carlos Verona separou-se do seu grupo de fuga, que incluía Romain Bardet e Nicolas Prodhomme, a 44 km de Asagio. Gianmarco Garofoli tentou separar-se, primeiro sozinho e depois com Filippo Zana, mas após um longo período de esperança, foram apanhados pelos seus companheiros iniciais, que foram engolidos pelos restantes favoritos.
Quase 3 anos depois do seu único sucesso profissional, no Dauphiné, o espanhol de nome inconfundivelmente transalpino somou uma sexta vitória de etapa para a sua equipa Lidl-Trek neste Giro, depois das 4 de Mads Pedersen e do contrarrelógio ganho por Daan Hoole. Foi também o suficiente para atenuar a desilusão de Giulio Ciccone, que abandonou a corrida no sábado à noite devido a uma lesão.