Aos 23 anos, o corredor da Lidl-Trek, também capaz de se evidenciar nas clássicas, é cada vez mais uma das faces emergentes do ciclismo transalpino, que tem vivido uma crise de nomes nos últimos anos.
Milan, que procura este ano um segundo título olímpico em perseguição por equipas na competição de pista dos Jogos de Paris 2024, revela-se assim um corredor a levar em conta igualmente no ciclismo de estrada, sendo já temido pela concorrência, como o comprovam as palavras do sprinter australiano Kaden Groves, que, no arranque para a etapa de hoje, afirmava ser muito difícil bater Jonathan.
Algumas horas mais tarde, Milan deu razão a Groves, numa etapa apenas animada por uma fuga protagonizada por três corredores transalpinos, sem grande sucesso, tendo o corredor da Lidl-trek se imposto sobre a meta ao polaco Stanislaw Aniolkowski (Cofidis) e ao alemão Phil Bauhaus (Bahrain), segundo e terceiro, respetivamente.
"Estou muito contente com a vitória e satisfeito com o trabalho da minha equipa para me recolocar no primeiro grande grupo antes da discussão final", declarou no final Jonathan Milan.
Para sábado estão previstas começar as primeiras grandes complicações, com a disputa do segundo contrarrelógio da prova, um percurso relativamente plano de 31,2 quilómetros próximo do lago Garde e que vai ligar Castiglione delle Stiviere a Desenzano del Garda.
Apesar de ter vencido o primeiro crono, em Perugia, Pogacar é menos favorito para este segundo exercício contra o relógio: "Tenho piores performances em traçados planos como este, mas vou tentar. No entanto, no dia seguinte é que vai ser verdadeiramente duro".
De facto, no domingo uma etapa de alta montanha aguarda os corredores, com 220 quilómetros.
"Uma etapa monstruosa. No papel, é certamente a mais dura que jamais enfrentei. Espero grandes diferenças na classificação", prognosticou Pogacar.
Com confortáveis 2.40 minutos de avanço para o colombiano Daniel Martínez, segundo da geral, Pogi terá a oportunidade de arrumar praticamente com as dúvidas quanto ao vencedor neste fim de semana, mesmo antes das quatro etapas de montanha que compõem a terceira semana da prova.
Rui Oliveira (UAE Emirates), único ciclista luso em prova, ainda chegou a intrometer-se no sprint, cortando a meta no 13.º posto, com o mesmo tempo do vencedor, e segue em 129.º da geral, a mais de duas horas e meia do companheiro de equipa Tadej Pogacar.
No sábado, corre-se a 14.ª etapa, um contrarrelógio individual de 31,2 quilómetros entre Castiglione delle Stiviere e Desenzano del Garda.