Vencedor do contrarrelógio nas duas últimas edições, na Escócia e em Zurique, Evenepoel quer imitar o australiano Michael Rogers, que conquistou três títulos de contrarrelógio entre 2003 e 2005, e aproximar-se do recorde de quatro títulos do suíço Fabio Cancellara e do alemão Tony Martin.
"É um bom desafio. Quero juntar o meu nome a essa lista e ir ainda mais longe. Seria ótimo conseguir um resultado histórico aqui – isso seria especial", disse Evenepoel aos jornalistas na véspera de uma semana de corridas nos primeiros campeonatos do mundo de ciclismo em África.
O ciclista de 25 anos fez o primeiro treino no percurso na sexta-feira e gostou do que viu.
"É um percurso muito rápido e estamos a pedalar em grande altitude. O ar é mais rarefeito, por isso a velocidade é maior. E não há subidas de 10%. É possível manter a posição e isso dá-me uma vantagem. Nas descidas, também é mais ou menos a direito", disse.
Há uma subida empedrada até à meta. "É dura no final, embora não seja a subida mais difícil. É íngreme no início, mas depois fica um pouco mais suave."
Tadej Pogacar, o atual campeão mundial de corrida de estrada e quatro vezes vencedor da Volta a França, tem como objetivo uma rara dobradinha contrarrelógio-corrida de estrada.
"Que versão de Tadej Pogacar vou ver no domingo? Espero que seja a melhor possível, por isso tenho de mostrar a melhor versão de mim mesmo para vencer. Mas este percurso não mente. O mais forte vence aqui. E não importa qual Pogacar eu enfrente, terei sempre de mostrar a melhor versão de mim mesmo", acrescentou Evenepoel.
Evenepoel preparou-se em Espanha, mas disse que não passou muito tempo na sua bicicleta de contrarrelógio.
"Não sou um ciclista que treina muito na bicicleta de contrarrelógio. É demasiado perigoso com o trânsito. Fiz uma sessão de treino com blocos e não houve problema. Tive uma boa preparação, um longo mês de estágio e agora também tenho cinco meses de competição no meu currículo", acrescentou.