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Ciclismo: Katarzyna Niewiadoma conquista terceira edição da Volta a França feminina

Katarzyna Niewiadoma celebrou
Katarzyna Niewiadoma celebrouProfimedia
A ciclista polaca Katarzyna Niewiadoma (Canyon/SRAM) venceu a terceira edição da Volta a França feminina, por apenas quatro segundos em relação à campeã de 2023, a neerlandesa Demi Vollering (Protime-SD Worx), segunda.

Vollering venceu a oitava e última etapa, que partiu de Le Grand-Bornand e terminou 149,9 quilómetros depois no mítico Alpe d’Huez, com um tempo de 4:34.14 horas, com quatro segundos de vantagem para a compatriota Pauliena Rooijakkers (Fenix-Deceuninck), colega de ataque.

A neerlandesa esperou depois que a polaca tivesse uma quebra atrás, mas ‘Kasia’ entrou a 1.01 minutos e acabou por manter quatro segundos de vantagem para celebrar a maior vitória da carreira.

O resultado destrona Vollering, considerada por quase toda a gente a mais dominadora ciclista do pelotão feminino, tendo vencido este ano também a Volta a Espanha, mas, nesta edição do Tour, ‘traída’ pela equipa.

A queda nos últimos quilómetros da quinta etapa fê-la perder muito tempo para Niewiadoma, quando foi notório o abandono da equipa à sua líder, para vencer a tirada com a húngara Blanka Vas, tendo desvalorizado os segundos perdidos face ao poderio na alta montanha que a neerlandesa demonstra.

Hoje, ficou claro que não chega, com a neerlandesa atrás da polaca, que fez um grande Tour e foi recompensada com o maior troféu do calendário feminino, deixando a Rooijakkers com o terceiro lugar do pódio, a 10 segundos.

Niewiadoma chorava, como Vollering, mas por motivos muito diferentes, no final de uma etapa que, reconheceu, “foi uma louca montanha russa”.

“Passei mal em Glandon (a primeira subida de categoria especial da etapa), e na descida consegui reconstruir-me. Tive muita sorte em ter a Lucinda Brand também, por isso agradeço também à Lidl-Trek, que nos ajudou a aproximar-nos de Vollering e Rooijakkers”, declarou.

A nova campeã focou-se em gerir a vantagem nos últimos cinco quilómetros, admitiu ter “perdido a fé”. “Gritavam-me tanto na rádio nos últimos dois quilómetros... (vencer o Tour) é de doidos, é de doidos, para ser sincera”, acrescentou.