O Delo não tem dúvidas de que Tadej Pogacar, Primoz Roglic, Matej Mohoric e os outros ciclistas eslovenos de topo merecem ser recebidos pelo público nacional na Grande Partida da Volta a França.
Merecem-no por tudo o que alcançaram e continuarão a alcançar na "era dourada do ciclismo esloveno", escreve o Delo, acrescentando que a Volta a França na Eslovénia seria também um espetáculo que ecoaria em todo o mundo.
No que diz respeito à organização, o Delo salienta que o know-how e o potencial humano eslovenos não são postos em causa. Afinal, a Eslovénia acolheu várias vezes etapas do Giro d'Italia e a organização da Volta à Eslovénia também cumpre os mais elevados padrões.
Deste ponto de vista, a iniciativa do Primeiro-Ministro Robert Golob parecia ser uma situação vantajosa para todos, mas a situação complica-se quando se trata do custo do projeto.
O montante que a Eslovénia teria de pagar aos organizadores da Volta a França é publicamente conhecido como 15 milhões de euros. Este valor representa mais de metade do financiamento que o desporto esloveno recebe anualmente do Estado, nota o jornal.
"Este dinheiro traria benefícios reais... ou seria utilizado para financiar um evento muito caro que só seria rentável para alguns?", interroga-se o Delo num comentário intitulado "Tadej Pogacar não precisa de um evento dispendioso".
A Eslovénia candidata-se a receber a Volta a França "sem saber como utilizá-la e sem ter a certeza de que não vai empobrecer o desporto esloveno", acrescenta.