Com a época de ciclismo mal terminada, muitos dos protagonistas do pelotão já têm a mente na próxima temporada. E, como todos os anos por esta altura, a empresa organizadora da Grande Boucle, ASO, vai desvendar no Palácio de Congressos de Paris o percurso do próximo Tour, tanto masculino como feminino.
Do pouco que se sabe até ao momento é que a corrida começará a 4 de julho em Barcelona com um contrarrelógio por equipas, uma disciplina ausente do Tour desde 2019. Será a quarta partida do estrangeiro nos últimos cinco anos.
Contrarrelógio por equipas para começar
A segunda etapa começará em Tarragona e terminará novamente em Barcelona, com três subidas a Montjuïc, a montanha olímpica onde durante décadas se disputou uma popular corrida que teve vencedores ilustres como Eddy Merckx, Federico Bahamontes, Tony Rominger e Laurent Jalabert, entre muitos outros.
Na terceira jornada, o pelotão partirá de Granollers (localidade a cerca de trinta quilómetros a norte de Barcelona) e terminará em território francês.
Sabe-se também que esta 113.ª edição da Grande Boucle terminará a 26 de julho com um circuito nos Campos Elísios, uma tradição iniciada em 1975 e mantida salvo raras exceções. Provavelmente voltará a fazê-lo com uma passagem pela colina de Montmartre, um ano depois da sua bem-sucedida estreia no Tour.
Tudo o resto é uma incógnita, embora a geografia ofereça algumas pistas: a partida de Barcelona obrigará a passar pelos Pirenéus já na primeira semana de corrida. O pelotão fará depois uma longa travessia diagonal até ao Maciço Central e depois aos Vosgos, dois territórios montanhosos. Prevê-se uma chegada inédita em alto nos Pirenéus e outra na Alta Saboia, antes do segundo dia de descanso.
A corrida deverá decidir-se na terceira semana nos Alpes, com o presumível regresso do Alpe d'Huez, o mítico colosso que só foi escalado três vezes na última década.
Nove etapas para as mulheres
Na quinta-feira será também conhecido o percurso do Tour feminino, uma corrida que ano após ano vai ganhando protagonismo e interesse entre os adeptos do ciclismo.
As ciclistas partirão de Lausana a 1 de agosto de 2026 e a segunda etapa será também 100% em território suíço, com partida em Aigle e chegada a Genebra. Os organizadores vão desvendar na quinta-feira os finais das outras sete etapas, todos em território francês, e onde terminará a corrida a 9 de agosto, provavelmente no sudeste de França.
Pelo caminho, as ciclistas deverão subir pela primeira vez uma das montanhas que deram renome à corrida masculina, como já aconteceu com a Super Planche des Belles Filles em 2022, o Tourmalet em 2023, o Alpe d'Huez em 2024 e a Madeleine no verão passado.