Se a camisola amarela continua nos ombros de Ben Healy, o irlandês terá de realizar uma autêntica façanha — senão mesmo um milagre — para a manter após os 180,6 km de percurso, que terminarão por volta das 16:45, acima de Lourdes, com uma ascensão de categoria especial, de 13,5 km a uma média de 7,8%, até Hautacam.
"A primeira verdadeira chegada ao alto, longa e difícil”, descreveu à AFP Thierry Gouvenou, o responsável pelo traçado da prova, que continuará pelos Pirenéus na sexta-feira (com chegada do contrarrelógio a Peyragudes) e no sábado (entre Pau e Superbagnères).
O grande favorito a vestir a camisola amarela é, naturalmente, Tadej Pogacar, mesmo tendo sofrido um valente susto ao cair na quarta-feira, nos quilómetros finais em Toulouse. Felizmente, não passou de um susto para o campeão do mundo, que foi esperado pelo grupo dos favoritos e declarou ter sofrido apenas “algumas escoriações”.
Apesar de continuar a mostrar-se dominante, o vencedor do ano passado vai precisar de todas as forças para responder aos possíveis ataques dos rivais — a começar por Jonas Vingegaard, que finalmente chega ao seu terreno preferido: os longos colos em altitude.
Aliás, foi precisamente em Hautacam, em 2022, que o dinamarquês, a caminho da sua primeira vitória na Volta a França, deixou Pogacar para trás de forma definitiva.
Antes de Hautacam, os 172 corredores, que partem de Auch às 12:25, enfrentarão uma primeira parte da etapa em terreno plano. A primeira grande dificuldade, o col du Soulor (1.ª categoria, 11,8 km a 7,3%), só aparecerá após cerca de uma hora e quarenta e cinco minutos de corrida. Depois virão o col des Bordères (2.ª categoria) e, por fim, a temível subida final.
O tempo será agradável ao longo da etapa, incluindo nas zonas de montanha, com temperaturas a rondar os 30°C na partida em Auch, e 25°C esperados em Hautacam.