O antigo vencedor da Vuelta a Espanha, de 25 anos, que conquistou o ouro olímpico na prova de estrada e no contrarrelógio nos Jogos de Paris do ano passado, vai liderar a campanha da Red Bull-BORA-hansgrohe ao lado do alemão Florian Lipowitz na maior prova do ciclismo mundial.
Ambos terão um grande desafio pela frente ao tentarem conquistar a primeira Volta a França para a equipa alemã, sobretudo porque Pogacar é, de longe, o principal favorito a conquistar o seu quinto título, igualando o recorde.
"Quero ser melhor do que ele (Pogacar). Isso é muito difícil, todos sabemos. Mas foi por isso que vim para aqui. Para dar esses passos. Para ir atrás, lutar e superar", afirmou Evenepoel ao site estatal belga de desporto Sporza, numa entrevista publicada esta segunda-feira.
"Vai exigir muito esforço, mas estou muito motivado e precisava mesmo deste novo passo (juntar-me à Red Bull-BORA-hansgrohe) para conseguir romper completamente um teto. Espero conseguir explodir este ano", sublinhou.
Evenepoel bateu Pogacar para conquistar o título de contrarrelógio individual no Campeonato do Mundo de Ciclismo de Estrada em setembro, mas ficou muito atrás do esloveno quando se cruzaram no Giro da Lombardia apenas algumas semanas depois.
Questionado se acredita que pode vencer a Volta a França, Evenepoel, que inicia a sua época em Espanha no próximo mês, respondeu: "Sim".
"Se tudo continuar a correr bem e se conseguir ter um inverno realmente bom, bons estágios de preparação e alcançar os pontos que procuro nas corridas da primavera", acrescentou.
"Se conseguir mostrar na Catalunha que estou lá para vencer, como estive em 2023 antes do Giro d'Italia, então acredito mesmo que poderei atingir esse nível. É preciso ter uma base sólida antes de trabalhar os treinos de alta intensidade, os verdadeiros treinos de VO2 máximo. É aí que posso evoluir mais. E faz sentido: se o Tadej ataca, consigo aguentar durante algum tempo, mas não por muito. É nisso que tenho de trabalhar agora", rematou.
A Volta a França do próximo ano vai arrancar em Barcelona a 4 de julho.
