Cavendish estava empatado com as 34 em etapas com Eddy Merckx desde 2021, mas este ano sprintou para a vitória na quinta etapa para estabelecer uma nova marca e pode agora sair em grande estilo.
"Acho que está na altura. Já fiz 15 Tours de France e criei memórias incríveis da Volta à França. Esta corrida deu-me uma vida com a qual só podia sonhar. Deu-me o mais alto dos altos e o mais baixo dos baixos", disse Cavendish à Reuters.
Cavendish conseguiu relaxar na última etapa de domingo, um contrarrelógio individual do Mónaco a Nice, uma mudança em relação ao habitual final ao sprint em Paris devido aos próximos Jogos Olímpicos na capital francesa.
"Este ano foi um final diferente do normal. Normalmente, a Volta à França tem um final incrível nos Campos Elísios em Paris e, como sprinter, é sempre uma pressão", disse Cavendish.
"Nos Campos Elísios é o campeonato do mundo para os sprinters, por isso, para lá chegar, ainda temos a pressão do último dia e de fazer um bom trabalho. Um contrarrelógio não é algo que me pressione, porque não vou ganhar, por isso pude desfrutar. Pude apreciar as multidões e absorver o que a Volta a França oferece sem qualquer pressão no último dia", admitiu.
Cavendish tinha anunciado a sua retirada no ano passado, mas mudou de ideias para tentar terminar a carreira como queria, depois de ter sofrido uma queda no Tour do ano passado.
"Sim, continuámos. Adoro andar de bicicleta. Tenho muita sorte em poder fazer o que gosto como trabalho. Por isso, pude andar de bicicleta mais um ano, ter como objetivo o evento desportivo mais incrível do planeta, que é a Volta a França, e terminá-la como queria, por isso valeu bem a pena", analisou.
Pode nunca mais voltar a participar na Volta à França, mas o ciclismo vai definitivamente fazer parte do futuro de Cavendish.
"Nunca deixarei o desporto, isso é certo, adoro o ciclismo. Foi ele que me deu o que tenho. Neste momento, vou apenas passar tempo com a minha família, como faço depois de cada Volta a França", finalizou.