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Pogacar imune às críticas: "Se não falar com 99% do pelotão, vou concentrar-me nos meus amigos"

Tadej Pogacar no pódio com a camisola amarela
Tadej Pogacar no pódio com a camisola amarelaANNE-CHRISTINE POUJOULAT / AFP

O ciclista esloveno segue de vento em popa rumo à sua quarta Volta à França. Se confirmar a sua vitória, ficará a uma dos grandes do ciclismo: Jacques Anquetil, Bernard Hinault, Eddy Merckx e Miguel Indurain e igualará o póquer de Chris Froome.

A superioridade que Tadej Pogacar (26 anos) está a demonstrar nas estradas francesas é insultuosa. Os dois primeiros dias nos Pirenéus serviram para que ninguém tivesse dúvidas, se é que as havia, sobre quem é o grande favorito. Vitória em Hautacam e triunfo no contrarrelógio em Peyragudes.

No entanto, o corredor da UAE é prudente e descarta que o Tour esteja decidido, apesar de ter 4:07 de vantagem sobre Jonas Vingegaard e 7:24 sobre Remco Evenepoel. E destaca que não pode agradar a todos. "A equipa paga-me para ganhar, não para dar ofertas. Se desperdiçasse oportunidades, a minha equipa não ficaria contente. E se no final da minha carreira não falar com 99% do pelotão, vou concentrar-me nos meus amigos e na minha namorada".

"Quase explodi no final"

E acrescenta. "Queria ir a fundo em todos os momentos. Quase explodi no final, mas ver o cronómetro no topo da meta deu-me um impulso extra porque me mostrou que a estratégia tinha dado resultado”.

Pogacar explica por que não usou uma bicicleta específica de contrarrelógio: “Decidi ir com a que me sinto mais confortável, a que usei nas duas últimas etapas”.