Mais

Tour: Equipa norueguesa tem paciência para procurar dinamarqueses

Magnus Cort, ciclista da Uno-X
Magnus Cort, ciclista da Uno-XAFP
A Uno-X, equipa norueguesa-dinamarquesa, está à procura de mais dinamarqueses, mas é difícil conseguir os grandes nomes.

A Uno-X intitula-se uma equipa norueguesa-dinamarquesa e é uma das poucas equipas de ciclismo que exige a nacionalidade dos seus ciclistas.

Só há ciclistas noruegueses e dinamarqueses com contrato, e o plano é manter as coisas assim.

Num mundo ideal, a repartição entre noruegueses e dinamarqueses seria de cinquenta por cento, mas na Volta a França, Magnus Cort é o único dinamarquês entre sete noruegueses.

Dos 30 ciclistas que a Uno-X tem sob contrato esta época, apenas sete são dinamarqueses.

São menos dois do que na época passada, mas não é fácil conseguir os melhores dinamarqueses e o chefe de equipa Thor Hushovd é paciente.

"Os melhores dinamarqueses são muito caros. Sabemos que é algo que leva tempo, mas sinto que temos um estatuto elevado na Dinamarca. Alguns assinaram contratos longos com outras equipas, por isso temos de estar atentos e tentar arranjar alguns bons dinamarqueses", explicou.

"Neste momento, a Dinamarca é um país com melhor ciclismo do que a Noruega, por isso gostaria de ter mais dinamarqueses. Não só por causa do ciclismo, mas também para dar à empresa Uno-X a melhor atenção na Dinamarca", diz Hushovd.

Foi um passo importante para a equipa ter conseguido contratar Magnus Cort antes da época.

O ciclista natural de Bornholm é um dos maiores nomes do ciclismo dinamarquês e o chefe de equipa espera que ele possa ser uma espécie de embaixador e recomendar a equipa a outros dinamarqueses.

Cort relata uma resposta positiva quando fala com os seus compatriotas no pelotão. Mas isso não significa que a Uno-X seja necessariamente a primeira da fila.

"Muitos dos dinamarqueses tiveram bons resultados em equipas estrangeiras e não é que lhes falte uma equipa. Não é que tenham algo contra, e quando falo com eles, todos acham que é um projeto excitante. Mas não é que tenham absolutamente de vir para cá", diz Magnus Cort.

Neste contexto, pode ser uma desvantagem o facto de a Uno-X ter o estatuto de Pro Team e estar, portanto, ao nível do World Tour.

A equipa está dependente de wildcards para as maiores corridas, como a Volta a França. Por exemplo, a Uno-X ainda não participou no Giro d'Italia nem na Vuelta a España.

"Para alguns ciclistas, pode ser importante estar na Volta ao Mundo. Pode ser mais fácil entrar na equipa do Tour da Uno-X do que em equipas maiores, mas se não se conseguir, não há Grande Volta no resto da época", salienta.

A Uno-X tem como objetivo subir ao nível superior quando a contagem de pontos da UCI estiver concluída em 2026.

"É esse o objetivo, mas também é complicado qualificarmo-nos através da contagem de pontos. Outra possibilidade é que algumas equipas se fundam ou sejam canceladas", diz Thor Hushovd.