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Tour: Pogacar elogia "guerreiro" João Almeida que viveu etapa dolorosa

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PogacarLOIC VENANCE / AFP
Tadej Pogacar elogiou este sábado o “guerreiro” João Almeida, considerando que o ciclista português, que sofreu com cada desnível de estrada durante a oitava etapa da Volta a França, tem “o verdadeiro espírito de um campeão”.

“Ele é um grande guerreiro. Podíamos ver que ele estava a sofrer bastante com cada pequena aceleração (do pelotão), por isso chapeau para ele por ter acabado hoje a etapa e não ter desistido”, salientou o esloveno da UAE Emirates, depois de subir ao pódio para vestir a camisola amarela.

Pogacar, que manteve as diferenças na geral após a oitava etapa, ganha pelo sprinter italiano Jonathan Milan (Lidl-Trek), descreveu como “boa notícia” o facto de João Almeida ter concluído os 171,4 quilómetros entre Saint-Méen-le-Grand e Laval.

“Este é o verdadeiro espírito de um campeão”, acrescentou o companheiro de equipa do português na UAE Emirates.

Apesar de ter fraturado uma costela numa queda na sexta-feira e ter escoriações profundas no corpo, Almeida concluiu este sábado a oitava etapa da 112.ª Grande Boucle, revelando no final que não teve uma jornada fácil.

“Foi um dia difícil, sofri. No geral, foi uma etapa sem complicações para o pelotão, espero ter um dia melhor amanhã (domingo)”, declarou o quarto classificado do Tour 2024.

O ciclista de A-dos-Francos descolou do pelotão já nos quilómetros finais e acabou por cortar a meta na 168.ª posição, a 06.42 minutos de Milan, descendo ao 37.º lugar da geral.

Cada desnível na estrada é doloroso, cada vez que me levanto do selim e tento sprintar é doloroso, mas faz parte do ciclismo”, pontuou, depois de recordar que quer continuar a ajudar a sua UAE Emirates “o mais possível”.

Eleito melhor gregário da primeira semana da 112.ª Volta a França, uma distinção que já tinha conquistado na sua estreia em 2024, Almeida insistiu que não quer ser “um tipo inútil no pelotão”.

“Espero conseguir ajudar a equipa em qualquer posição que seja”, concluiu o luso, que à partida, em declarações à televisão espanhola TVE, tinha admitido sentir-se como se “um comboio tivesse passado duas vezes” por cima de si.

O melhor voltista português da atualidade e único ciclista luso a acabar as três grandes Voltas no top 5 – foi terceiro no Giro 2023 e quarto na Vuelta 2022 – tem nova oportunidade para recuperar na nona etapa, uma ligação plana de 174,1 quilómetros entre Chinon e Châteauroux