Rotem Tene (vencedor da etapa):
“Não é a primeira vitória profissional, é a primeira vitória de sempre em qualquer coisa, na verdade. Sinto-me bem, não estava seguro se conseguiria fazê-lo ganhar depois de tanto tempo na estrada. Passaram uns cinco anos desde que passei a elite. Tenho 24 anos e estou numa equipa continental. Não sabia se ainda conseguiria fazê-lo.
Tinha pessoas que acreditavam mais em mim do que eu próprio. É uma sensação fantástica recompensá-los e a mim mesmo e finalmente tudo se conjugar.
Temos sido fantásticos. Penso que a chave para todas estas vitórias (quatro da Israel Premier Tech Academy) é quão bem funcionamos como equipa. Vim aqui para ser um trabalhador de equipa, não planeei ganhar aqui.
O segredo para ganhar hoje foi não estar preocupado com a possibilidade de a fuga ser anulada, porque, se fosse, ainda ganharíamos no pelotão com o Brady Gilmore. Nós não queremos saber das vitórias pessoais, preocupamo-nos em ganhar como equipa”.
Artem Nych (líder da geral):
“Está quase a acabar, mas faltam dois dias importantes, com uma chegada ao alto de Montejunto e o contrarrelógio em Lisboa.
Amanhã (sábado), só preciso de manter estas diferenças, não preciso de atacar. Se outros atacarem, vou com eles na roda e já está.
Ontem (quinta-feira), estava morto. Hoje, senti-me um pouco melhor, mas a etapa foi dura, rápida”.
- Hugo Nunes (líder da montanha): “Ainda tenho que pedalar mais uns quilómetros até Lisboa, mas hoje acho que já vou dormir mais descansado, já sou virtualmente ‘rei’ da montanha mais uma vez. Estou a repetir o feito de 2020, mas esta tem um sabor ainda mais especial.
Tenho mais experiência, mas esta Volta também foi mais dura do que em 2020 (edição especial, com apenas oito etapas). Estou mais contente por ter conseguido este feito.
É uma Volta a Portugal de sonho. Nunca pensei ganhar uma etapa e ser ‘rei’ da montanha. O objetivo era só a camisola azul. A etapa e a camisola azul, perfeito.
Estes dias todos andei bastante emocionado, com as mensagens que recebo, com tudo. É muito bom”.
Nicolás Tivani (líder dos pontos):
“Esta equipa iniciou (a etapa) com a mentalidade de tentar vestir a camisola laranja e ir passo a passo. Depois, tentámos ganhar a etapa, mas tive um problema na última curva e perdi. Mas estou contente porque o principal objetivo era vestir esta camisola e consegui.
É uma recompensa pelos sacrifícios que fiz: de preparação, de estar longe de casa, da família, dos amigos. Mas esta equipa é uma família e torna isso mais fácil. (A camisola) É uma prenda para eles. Podemos terminar a Volta de uma maneira perfeita.
(Desistência de Iúri Leitão) É uma pena, porque era um rival muito forte e gostava muito dele. Não o conhecia, conheci nesta Volta e é uma grande pessoa. Tem uma humildade que o caracteriza e por isso conquistou o que conquistou”.
Lucas Lopes (líder da juventude):
“As sensações hoje foram boas, senti-me melhor do que ontem (quinta-feira). Estou com a camisola, mas a Volta só acaba em Lisboa e até lá vou lutar ao máximo para segurar o tempo. A vantagem é de um minuto (para Zac Marriage), mas não me sinto muito confortável com este tempo. Vou procurar, quem sabe, melhorar ainda mais”.