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Volta a Portugal: Declarações após a quinta etapa

Os detentores das várias camisolas da Volta a Portugal
Os detentores das várias camisolas da Volta a PortugalVolta a Portugal/Podium Events/Matías Novo

Declarações no final da quinta etapa da 86.ª Volta a Portugal em bicicleta, disputada esta segunda-feira entre Lamego e Viseu, num total de 155,5 quilómetros:

Brady Gilmore (vencedor da etapa):

“Foi fantástico. Esteve muito calor todo o dia e os rapazes fizeram um trabalho perfeito para mim. Se pudessem colocar os seis ciclistas mais fortes de equipas continentais numa formação completa, seriam estes. Fizeram um lançamento espetacular e estou feliz por ter conseguido corresponder.

(Na segunda etapa) houve alguns encostos no pelotão e ele (Fábio Oliveira) bateu-me na parte de trás da cabeça e partiu o meu capacete, por isso eu bati-lhe de volta. Sinto-me mal, mas penso que é um instinto natural. Se te batem, bates de volta. Mas, aprendemos a lição e não voltaremos a fazê-lo. Lamento ter tirado as mãos do guiador, mas quando levas um murro na cara, o instinto é fazer o mesmo.

Estamos todos bem, somos amigos, não há mágoas. Está tudo bem”.

Iúri Leitão (terceiro na etapa):

 “Têm sido dias muito exigentes e hoje, com a fuga de tanta qualidade, tivemos que desgastar as nossas equipas ao máximo e, no final, estávamos já bastante desgastados. Eu acho que acabou por ganhar o ciclista com mais

frescura, aquele que estava em melhor forma.

Acho muito difícil (manter a camisola por pontos), tendo em conta o tipo de trajeto que nós temos na Volta a Portugal, a quantidade de chegadas em alto, que eu acho que sinceramente não faz muito sentido. Vai acabar por ficar para os homens da geral e corremos o risco de acabar por ter o mesmo camisola amarela, azul (montanha) e laranja (pontos). Mas eu acho que isso cabe à organização decidir, então se for isso que eles desejam para esta corrida, que seja.

Se considerarmos que foram 155 quilómetros com 2.500 de acumulado, não sei se podemos dizer que foi uma etapa perfeita para sprinters, até porque muitos deles acabaram por descolar e não é por estarem em má forma, é porque realmente foi um dia muito duro.

Uma subida de 30 quilómetros, uma de nove, uma de oito e outra de três no meio. E o circuito de sobe e desce, como é muito característico em Viseu, acaba por ser muito penalizador para nós. E, bom, é mesmo assim, no final temos que nos contentar com aquilo que temos e, se estou aqui presente, tenho que engolir aquilo que temos pela frente.

Fazer a Volta a Portugal vale a pena mesmo que eu faça último todos os dias. (…) Ainda que, por enquanto, não esteja 100% concretizado, porque ainda não tive nenhuma etapa que eu pudesse dizer que saiu como eu queria”.

Artem Nych (líder da geral):

“Mais um dia, estou feliz porque amanhã (terça-feira) é dia de descanso. Estou um pouco cansado.

Hoje passei bem o dia, tivemos dois corredores na fuga (Fábio Costa e Pedro Silva), o que para nós foi perfeito, porque não precisámos de trabalhar muito.

(Dar entrevistas no dia de descanso) é quase obrigatório, é preciso falar, eu percebo. É muito importante. Depois, então vou descansar. Vou treinar um pouco e falar com a minha família.

(tática para a Guarda) Agora, é mais fácil: é controlar e não perder tempo. Na etapa da Guarda, ganham sempre tempo numa fuga. Agora, é mais tranquilo, vamos controlar fugas perigosas.

Para mim, é muito importante não perder tempo na montanha para o Jesús Peña, porque ele na montanha é mais forte do que eu. Era melhor ter um pouco mais de espaço para estar mais tranquilo”.

Hugo Nunes (líder da classificação da montanha):

“O objetivo inicial sempre foi a camisola da montanha. A etapa foi o sonho que concretizei. Mas agora, claro, o resto da Volta é para lutar por um objetivo e o objetivo será a camisola da montanha.

Agora, só penso em amanhã (terça-feira) descansar. Quarta-feira vamos ver como acordo, mas se eu quiser lutar por isto (a camisola azul) tenho que dar o máximo de mim e certamente quarta-feira tenho de fazer algo”.

Lucas Lopes (líder da classificação da juventude):

“O descanso vem numa altura boa, já estamos todos um bocado com fadiga. Esta segunda parte da Volta vai ser muito dura. Vamos tentar fazer o melhor possível para manter esta camisola e o resto vem por acréscimo”.