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Volta: As declarações após a 7.ª etapa

Jonathan Caicedo, vencedor da etapa
Jonathan Caicedo, vencedor da etapaTIAGO PETINGA / EPA / Profimedia
Declarações no final da sétima etapa da 86.ª Volta a Portugal em bicicleta, disputada esta quinta-feira entre o Sabugal e o alto da Torre, num total de 179,3 quilómetros.

Jonathan Caicedo (vencedor da etapa):

“No ano passado, tinha muito boas pernas e no início desta etapa caí e fraturei a clavícula e este ano foi gratificante ganhar a etapa. Estou contente por mim e pela equipa. Temos de continuar a trabalhar que, no final, a recompensa chega sempre.

Os corredores aqui em Portugal conhecem muito bem esta subida, lá em baixo atacaram quatro corredores e eu estava um minuto atrás. Desesperei lá em baixo por causa do calor, mas consegui manter a calma. Sabia que acabava em altitude e tinha que aproveitar isso”.

Artem Nych (líder da geral e segundo na etapa):

“A Volta ainda não acabou. Posso ter um dia mau no Montejunto ou no contrarrelógio, mas agora tenho mais confiança para ganhar. Só vou acreditar a 100% depois do crono.

A equipa fez um grande trabalho, principalmente o Pedro (Silva). O Pedro atacou no momento certo e eu só tive de esperar para ver quando arrancava o (Jesús) Peña. Quando o Peña atacou e, depois, parou, eu ataquei para me juntar ao Pedro, que fez um enorme trabalho para mim.

Hoje, o dia foi muito bom para a nossa equipa, vamos dia a dia. Faltam três dias importantes.

Não esperava (a quebra do Peña na Torre), mas tivemos sorte, porque é muito difícil ganhar tempo ao Peña, que é um corredor que se dá muito bem com a altitude. Tenho muito respeito por ele, é um corredor muito forte.

Eu não perco o foco, porque pode acontecer alguma coisa. No ciclismo, não se pode programar tudo”.

Gonçalo Leaça (terceiro na etapa):

“Pensei que ainda desse para ganhar a etapa, mas o Caicedo ia muito rápido e eu também já ia no meu limite. Terceiro foi o melhor que consegui.

Tentámos meter vários elementos na fuga, de modo a tentar ganhar a etapa, não foi possível, mas fizemos tudo e só podemos estar orgulhosos”.

Jesús Peña (terceiro na geral individual):

“Sinto-me sem ar. Desde o início da subida, tínhamos pensado mandar alguém para a frente da corrida, o Afonso (Silva) tentou, mas a Anicolor fechou o espaço.

Aí já senti algumas dores nas pernas e falta de ar. Tentei seguir, insisti, insisti, mas depois com os ataques, com três ciclistas da Anicolor na frente, e todos a olharem para mim (para perseguir), foi muito complicado.

Tratei de minimizar danos e agora é tentar defender o pódio, mas será muito difícil. Tenho um segundo de diferença para o Byron (Muton), que se sai muito bem no contrarrelógio. Vamos ver o que acontece.

Não esperava isto hoje. Talvez tenhamos imposto um ritmo muito duro. No Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela, (na subida à Torre) fui um minuto mais rápido. Tendo em conta que perdi só um minuto para esse dia, talvez tenha sido um grande esforço. Faltou um pouco para estar com eles ou algo de tática, mas estou contente com a temporada”.

Hugo Nunes (líder da montanha):

“Foi um dia importante para esta classificação. Ainda não está totalmente ganha, mas está muito bem encaminhado.

Hoje, a equipa esteve mais uma vez excelente, tentámos a vitória de etapa com o Gonçalo Leaça. Infelizmente, não foi o dia dele.

As pernas já começam a estar um pouco cansadas, mas tenho de estar atento, não posso desligar-me por completo da corrida”.

Lucas Lopes (líder da juventude):

“Tive ali uma quebra no limpa-neves, a 10 quilómetros da meta. Depois, daí para o fim foi tentar gerir o máximo possível para conseguir minimizar as perdas.

Fisicamente, não estava como esperava aqui. Mas não vou desistir até ao fim. (O Zac Marriage) ainda me foi recuperar alguns segundos, que ele passou-me aqui no final. Mas ainda falta muito, temos o Montejunto, que é a última chegada em alto”.