Volta: Kelly-Simoldes-UDO quer prolongar "época excecional" com três objetivos

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Volta: Kelly-Simoldes-UDO quer prolongar "época excecional" com três objetivos

Para o diretor desportivo, aconteça o que acontecer, a Kelly-Simoldes-UDO já fez “uma época excecional”
Para o diretor desportivo, aconteça o que acontecer, a Kelly-Simoldes-UDO já fez “uma época excecional”Facebook/Kelly-Simoldes-UDO
Após “uma época excecional”, a Kelly-Simoldes-UDO multiplica objetivos para a 84.ª Volta a Portugal, querendo estar na discussão de uma camisola, ganhar uma etapa e tentar ter um ciclista no top 10 final.

“Seria estar na discussão de uma camisola, ganhar uma etapa, e tentar, porque não, ter um corredor nos 10 mais. Nós não temos nenhum trepador puro, a Volta a Portugal este ano, pelo menos na última parte, é muito dura. Mas, como confiamos muito nos nossos corredores, penso que podemos ambicionar a isso. Mas, no entanto, também não queremos criar aqui muitas expectativas. E passo a passo, dia a dia, com o nosso cariz, com a nossa forma de correr - nunca viramos a cara à luta -, vamos tentar dar sempre o nosso melhor”, enumerou Manuel Correia.

Para o diretor desportivo, aconteça o que acontecer, a Kelly-Simoldes-UDO já fez “uma época excecional”.

“Ninguém idealizava a época que nós fizemos. Se calhar estávamos na sexta, quinta equipa, sétima, por aí. E, a seguir à Glassdrive, fomos, sem dúvida, a equipa mais consistente, a equipa com mais vitórias e uma equipa que esteve na discussão de algumas provas. Portanto, a Glassdrive foi, sem dúvida, a melhor. É a melhor equipa, é a grande favorita à vitória na Volta a Portugal. E nós vamos com a ambição de tentar fazer algo muito positivo, mas não vamos com muitas ilusões e sabemos quais são as nossas limitações também”, confessou.

Além de conhecer os limites da sua formação, Manuel Correia sabe que a Volta a Portugal é o foco da maioria das equipas, ao contrário do que acontece na sua, mas admite que é a prova ‘rainha’ do ciclismo nacional o “pão de cada dia” e a sobrevivência do pelotão luso, “dado os diretos e as transmissões televisivas”.

“Mas nós vamos tentar fazer o nosso melhor, dentro daquilo que fizemos durante toda a época, sabendo que é, de antemão, quase impossível, porque na Volta a Portugal aparecem sempre surpresas e outros ciclistas que muitas vezes não apareceram durante o ano”, evidenciou.

Quem esteve em destaque durante toda a temporada foi mesmo Luís Gomes, a principal figura do conjunto oliveirense, que venceu a Clássica de Viana do Castelo, foi segundo no Grande Prémio Douro Internacional e no Grande Prémio Abimota, conquistou o bronze na prova de fundo dos Nacionais e ainda venceu as classificações por pontos no GP O Jogo, onde ganhou uma etapa, e no Abimota, de onde saiu também com um triunfo.

Ainda assim, Gomes, que já ganhou três etapas na prova e no ano passado foi 14.º, “poderá ser ou não” o ciclista que vai lutar pelo top 10 nesta Volta. “Às vezes, basta um dia menos bom para sairmos de lutar por uma classificação dessas. Temos o Luís, eu penso que o Adrián (Bustamante), se estiver a bom nível, também poderá ser um desses ciclistas. E o Hélder Gonçalves, que ano passado faz 15.º (…). Eu acho que qualquer um destes três corredores pode ter a esperança de ficar nos 10. No entanto, será muito difícil. E tenho a consciência disso, e eles também”, concedeu.

O diretor desportivo diz ter “grande esperança” em Bustamante, que, no ano passado, “estava num bom momento” e foi forçado a abandonar devido a uma queda na etapa da Torre.

“No entanto, ainda não vimos o Adrián fazer uma corrida de 11 dias, a ter que lutar por uma geral. Portanto, não sabemos. Será uma incógnita. No entanto, acho que é um corredor com enorme potencial”, defendeu, estendendo o elogio também a Hélder Gonçalves, “um corredor inteligente” e promissor.

Manuel Correia não hesita quando a pergunta é ‘quem vai ganhar a Volta’, apontando para o campeão em título, o uruguaio Mauricio Moreira.