Byron Munton (vencedor da etapa e segundo da geral individual):
“É incrível. Quando cortei a meta, nem sabia que tinha vencido a etapa. Pensava que ainda havia corredores à minha frente.
Foi uma longa jornada. A minha irmã foi atropelada por um carro em janeiro do ano passado e ainda está a lutar pela vida todos os dias. É uma vitória bastante emotiva. (Lembro-me) também hoje dos homens e mulheres que colocaram as vidas em risco para parar o fogo. Estou contente por ter ‘oferecido’ isto ao Feirense.
(Etapa mais dura da carreira?) Sim. Passaram-me muitas coisas pela cabeça. Ter conseguido ganhar… quero agradecer à equipa, à minha família e a todos que me apoiaram nesta jornada. Seria muito bom (acabar no pódio em Lisboa). Vamos vendo dia a dia o que a Grandíssima nos tem para oferecer”.
Artem Nych (líder da geral e terceiro na etapa):
“Queríamos vestir a amarela hoje, se possível, e conseguimos. Estou muito feliz com isso. Não ganhámos a etapa, mas chegámos à amarela. Durante a montanha, olhei mais para o (Jesús David) Peña, que acho que é um candidato a ganhar esta Volta. É o corredor mais perigoso e mais forte. Por isso, fiquei com o Peña. Tentei arrancar, mas ele estava muito forte. Fiz tudo o possível. Acho que é o meu principal adversário.
Muito obrigada à equipa, fez um grande trabalho e ajudaram-me todo o dia. Este ano, corri melhor (na Senhora da Graça), mas foi na mesma muito difícil”.
Jesús David Peña (segundo na etapa e terceiro na geral individual):
“A verdade é que pensei que o Alexis (Guérin) ia ser o mais forte deles os dois hoje. O Artem mostrou que está muito forte. Creio que vai ser uma dura batalha contra eles os dois. Pensei que hoje ia ganhar segundos ao Nych e não ao Alexis. Confiei que tinha boas pernas, numa subida muito dura. Vamos ver como vão os próximos dias, mas, para já, muito bem”.
Lucas Lopes (líder da juventude):
“Eu tinha como objetivo lutar pelos lugares cimeiros da etapa e assim foi. Estou muito contente com a minha prestação. Nunca pensei que ia conseguir estar junto dos melhores.
Claro que sim, é para levar (a camisola da juventude) até ao final. E agora que consegui provar a mim próprio que consigo estar com os homens da geral, quem sabe ganhar uma etapa”.
António Carvalho (19.º classificado e duas vezes vencedor na Senhora da Graça):
“Sabia que não estava nas condições que estava em outros anos. Ainda por cima, ontem (sábado) bati com o joelho no guiador e, para ser sincero, acabou por me custar bastante acabar a etapa. Hoje, felizmente já estava melhor, mas foi uma subida demasiado explosiva para mim. Ganhámos, isso é o mais importante, interessa é o coletivo. E agora é bom que já temos uma vitória na Volta a Portugal”.