Embora o ciclismo espanhol tenha tido um bom desempenho em termos de etapas, com duas vitórias de Juan Ayuso e uma de Marc Soler, o mesmo não se pode dizer da geral, em que as hipóteses do ciclista de Jávea se desvaneceram na primeira etapa de montanha, em que perdeu muitos minutos.
No entanto, temos de nos congratular com o aparecimento de novos valores. Para encontrar o primeiro representante nacional, é preciso ir ao 16.º lugar, onde está Abel Balderstone, do Caja Rural, a 19:26 de Vingegaard. Atrás do barcelonês aparece Jaume Guardeño. O de Altea, companheiro de equipa, é 17.º a 22:15 do dinamarquês.
Balderstone, que se sagrou campeão de Espanha de contrarrelógio na cronoescalada da Serra Nevada, tem como objetivo terminar no Top 15 da La Vuelta.
"Cheguei à corrida depois de passar por uma bronquite duas semanas antes. Tive de descer da altitude, ir para casa e recuperar. A minha forma era uma incógnita, pensando em fugas para a segunda semana e, pouco a pouco, fui-me metendo na geral. A equipa quer que eu continue a lutar para alcançar esse top-15", afirmou em declarações ao jornal As.
E acrescenta: "No Angliru (foi 10.º, melhor espanhol) senti muito boas pernas desde o início, nem sabia o que se passava comigo, mas queria fazer bem. Não esperava estar no top-10 num dia assim, custa acreditar, mas dei tudo”.
Além disso, explica as suas origens. "O meu pai é inglês, de Lancaster, enquanto o segundo apelido, do lado da minha mãe, é do meu avô, que era francês. O meu pai andava sempre de bicicleta, o meu irmão mais velho também e eu, para não ficar em casa, juntava-me. Aos 13 anos, compraram-me a primeira bicicleta de estrada".