Demi Vollering, a ciclista neerlandesa de 28 anos, completou o seu triunfo ao vencer a última etapa a solo no cume do Alto de Cotobello, situado a 1.195 m de altitude, após uma subida final particularmente difícil (10,3 km a 8%).
Na classificação geral, ganhou à frente da suíça Marlen Reusser (Movistar), da neerlandesa Anna van der Breggen (SD Worx) e da francesa Cédrine Kerbaol (EF Education).
No sábado, com as quatro primeiras ciclistas da classificação geral na liderança, atacou a 800 metros do fim para vencer a solo, com 11 segundos de vantagem sobre Reusser e 25 sobre Van der Breggen.
Em seguida, esperou na linha de chegada pelas suas companheiras de equipa francesas Juliette Labous (sexta na etapa e quinta na geral) e Evita Muzic (oitava na etapa e 10.ª na geral) para celebrarem juntas a sua vitória.
"Estou muito feliz, também ganhei duas etapas de montanha. Hoje senti-me muito forte, sempre no controlo. A Anna tentou deixar-nos para trás, mas eu ainda estava a pedalar e esperei até às últimas percentagens para atacar", comentou a ciclista que conta agora com 50 vitórias.
Esta é a segunda Vuelta e o terceiro Grand Tour de Vollering , que venceu a Volta a França em 2023 com as cores da equipa neerlandesa SD Worx.
A chegada este inverno à FDJ-Suez foi considerada a transferência do ano no ciclismo, tanto para homens como para mulheres. A primeira corrida com a equipa francesa foi a vitória na primeira etapa da Volta à Comunidade de Valence, onde também ganhou a classificação geral.
Em seguida, triunfou na Strade Bianche, antes de conquistar vários lugares de honra nas clássicas: quarta em Milão-Sanremo, segunda na Flèche Wallonne e terceira em Liège-Bastogne-Liège.
No sábado, ofereceu a sua primeira grande Volta à FDJ-Suez, uma estrutura criada em 2006 por Stephen Delcourt com a ambição de "ganhar" a Vuelta, o Giro, onde Labous e Muzic serão co-líderes, e a Volta a França deste ano.
Vollering, filha de um horticultor, será a grande favorita na próxima Volta a França, onde ficou em segundo lugar no ano passado, a quatro segundos da polaca Katarzyna Niewiadoma, apesar de ter corrido metade da prova com uma fratura no cóccix.