O cartel da Volta a Espanha é extraordinário, apesar de algumas ausências. Tadej Pogacar, que preferiu descansar depois de vencer o seu quarto Tour de France, não estará presente. Tampouco Carlos Rodríguez, que teve de abandonar a prova francesa quando estava na 10.ª posição devido a uma fratura da bacia.
Também sentiremos falta de Primoz Roglic. O esloveno é o atual campeão da Vuelta e, juntamente com Roberto Heras, o ciclista que mais vezes vestiu a camisola vermelha após vencer a prova em quatro ocasiões.
A última baixa é Enric Mas, que teve de renunciar recentemente ao restante da temporada devido a uma tromboflebite na perna esquerda. Um golpe para o ciclista de Artá, que já teve de abandonar o Tour e que foi segundo na Vuelta em 2018, 2021 e 2022 e terceiro em 2024.
Não faltam favoritos, no entanto:
Jonas Vingegaard
O dinamarquês, segundo no Tour de France pelo segundo ano consecutivo e terceiro em termos absolutos, é o grande candidato à vitória. Vingegaard, duas vezes vencedor do Tour e segundo na Vuelta de 2023, chega à Espanha com vontade de revanche depois de não conseguir superar Pogacar na ronda francesa. Em 2025, venceu a Volta ao Algarve.
Juan Ayuso
O ciclista de Jávea é a grande esperança do ciclismo nacional para vencer a Vuelta pela primeira vez desde que Alberto Contador conquistou a vitória em 2014. Ayuso fez um grande Giro, vencendo a primeira etapa de montanha com final em Tagliacozzo, mas teve de abandonar devido a desconforto no joelho e a uma picada de vespa no olho direito.
Apesar dos seus 22 anos, conta com um terceiro lugar na Vuelta em 2022 e um quarto em 2023.
João Almeida
O português é companheiro de equipa de Juan Ayuso na UAE Team e aspira a dar o grande golpe nesta Vuelta. Depois de abandonar o Tour, onde foi quarto em 2024, chega em busca do seu segundo pódio numa grande volta. O luso, que foi terceiro no Giro de 2023 (onde também soma um quarto e um sexto lugares), participará pela quarta vez na Vuelta, onde tem um quinto lugar, um nono e um abandono.
Richard Carapaz
O equatoriano é, talvez, o grande candidato ao título junto de Vingegaard. Terceiro no Giro deste ano, tem um currículo invejável. Ouro olímpico em Tóquio, campeão do Giro em 2019 e segundo em 2022, terceiro no Tour em 2021, na Vuelta a España foi quarto em 2024 e segundo em 2020, por isso já sabe o que é subir ao pódio. Será o líder absoluto da EF Education-Easypost.