"(Foi surpreendido?) Nem por isso. É um grande corredor, muito forte. Ele merece. Tem tido muitos altos e baixos, tem sido uma estrada difícil. Ele mereceu e a equipa também, que esteve muito bem hoje”, disse o português.
Na véspera, Ayuso tinha perdido mais de 10 minutos e deixou o português como líder único da UAE Emirates, com João Almeida a subir hoje ao terceiro lugar, a 2.31 do norueguês Torstein Traeen (Bahrain Victorius) e a oito do dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a bike).
“Estamo-nos a sentir bem todos os dias, é um bom sinal. Agora é esperar pelos próximos dias difíceis”, referiu.
A cerca de cinco quilómetros do final, João Almeida ainda tentou uma aceleração no grupo dos favoritos, que, contudo, não resultou, apesar de inicialmente ter levado apenas consigo Vingegaard e o italiano Giulio Ciccone (Lidl-Trek).
“Vi que eles não queriam ir para uma chegada dura. Tentei aumentar o ritmo um pouco. Pensei que a subida ia ser mais difícil. Tentei, mas não quiseram colaborar. É menos um dia”, assumiu.
Sobre o facto de Vingegaard não ter tentado endurecer a corrida, o ciclista português diz que “não tinha de o fazer”, mas considerou que “também não puxa muitas vezes”, talvez lembrando a Volta a França, em que o dinamarquês foi segundo, atrás do esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), sem que tenha atacado muitas vezes.
No sábado, após duas etapas de montanha, os ciclistas vão ter uma oitava etapa sem qualquer contagem de montanha, com 163,5 quilómetros entre Monzón Templário e Saragoça, com as dificuldades a regressarem no domingo.