Já depois de ter vencido a primeira etapa e ter sido segundo na quarta, na qual ficou preso entre o colega de equipa e um adversário, Philipsen voltou a ser o mais rápido após os 163,5 quilómetros da tirada, que começou em Monzón Templário, mesmo que tenha sido quase encostado às barreiras pelo italiano Elia Viviani (Lotto), que acabou por perder a segunda posição por sprint irregular.
Numa etapa, como se esperava, tranquila para os candidatos à geral, entre os quais o português João Almeida (UAE Emirates), que manteve o terceiro lugar, o sprinter da Alpecin-Deceuninck venceu em 3:43.48 horas, o mesmo tempo do britânico Ethan Vernon (Israel-Premier Tech) e do belga Arne Marit (Intermarché-Wanty).
“Ganhámos, por isso não há nada do que me queixar. Perdi a roda dos meus companheiros. Acredito que fizeram um lançamento incrível, mas não estava bem colocado. Tentei comunicar, mas é difícil no último quilómetro, pelo que tive de lutar sozinho. Sentia as pernas como cimento, mas consegui ganhar, estou muito contente”, afirmou.
A oitava etapa teve o guião habitual numa tirada de ligação entre duas de montanha, com uma fuga a ser controlada pelas equipas dos sprinters, que acabariam por deixar os fugitivos andar na frente até perto da meta, na qual os homens mais rápidos do pelotão lutariam pelo triunfo.
Assim, quase logo após o arranque da etapa, três espanhóis, Joan Bou (Caja Rural-Seguros RGA), Sergio Samitier (Cofidis) e José Luis Faura (Burgos Burpellet BH), lançaram-se numa fuga que durou até 17 quilómetros do final, quando já só estavam na frente os dois primeiros.
Numa chegada muito rápida e algo caótica, como têm sido quase todos os sprints na 80.ª edição da Vuelta, Philipsen somou a 56.ª vitória da carreira e a 15.ª em grandes Voltas.
“A minha vitória número 15 numa grande Volta? Cada uma é especial, mas nunca é fácil. Sofri na montanha para chegar até aquí. É uma Volta difícil, mas com duas vitórias já posso estar contente”, afirmou Philipsen.
Na geral não houve alterações, com o noruguês Torstein Traeen (Bahrain-Victorius) manteve a camisola vermelha vestida mais um dia, com 2.33 minutos de avanço sobre o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a bike) e 2.41 sobre João Almeida.
“Sendo sincero, normalmente aborreço-me bastante nestas etapas, mas hoje desfrutei um pouco mais do que ontem. Foi menos stressante e não estávamos tão nervosos por perder a camisola. Foi mais fácil desfrutar”, disse o norueguês.
O campeão português Ivo Oliveira (UAE Emirates) terminou a etapa na 11.ª posição e subiu ao 130.º lugar, a 53.21 minutos.
No domingo, corre-se a nona etapa, a última antes do primeiro dia de descanso, com um percurso de 195,5 quilómetros, entre Alfaro e a Estação de Esqui de Valdezcaray, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de primeira categoria, a única do dia.
