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Ciclismo: Equipa de Pogacar e João Almeida já não utiliza monóxido de carbono

Pogacar e os companheiros de equipa em Espanha na terça-feira
Pogacar e os companheiros de equipa em Espanha na terça-feiraJOSE JORDAN/AFP
A equipa UAE, de Tadej Pogacar, anunciou esta terça-feira que deixou de utilizar o monóxido de carbono para medir os benefícios da altitude para os ciclistas, denunciando uma polémica "sensacionalista" em torno de uma técnica "validada há vinte anos".

No final de novembro, a União Ciclista Internacional (UCI) pediu à Agência Mundial Antidopagem (AMA) para "tomar uma posição" sobre a inalação de monóxido de carbono, uma técnica legal mas controversa utilizada por ciclistas como Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard.

Durante a última Volta a França, o site especializado Escape Collective revelou que pelo menos três equipas - UAE, Visma e Israel PT - a tinham utilizado. O site explica que, se usada repetidamente, a técnica pode ser utilizada de forma abusiva para criar hipoxia artificial, recriando os efeitos do esforço em altitude.

"É um artigo sensacionalista que especula sobre algo que seria francamente complicado de montar e não estou a ver ninguém a fazê-lo. Não me parece realista. Não me parece realista", disse Jeroen Swart, coordenador de desempenho da equipa dos Emirados Árabes Unidos, na terça-feira.

"A inalação de monóxido de carbono é uma técnica muito normalizada que foi validada há vinte anos e utilizada por alpinistas, atletas de resistência e atletas de todo o mundo para medir a massa de hemoglobina. Não existe outra forma de quantificar com tanta precisão os benefícios da altitude", acrescentou.

"Foi por isso que decidimos, há dois anos, utilizar esta técnica para ver se os nossos ciclistas reagiam tão bem à altitude como esperávamos. Fizemos isso durante 18 meses", explicou o sul-africano.

"Este processo está agora concluído. Os resultados mostraram que os nossos campos de altitude estavam perfeitamente calibrados para os nossos pilotos e os resultados demonstram-no. Já não precisamos de efetuar este tipo de testes e não temos planos para o fazer", acrescentou.