"São 100 anos e... Depois disso, vem mais 100!", brincou León durante uma homenagem na sede do Comité Olímpico Venezuelano (COV), em Caracas, onde foi recebido por um corredor de bicicletas composto por ciclistas locais emblemáticos, como José Rujano e a medalhista olímpica de BMX Stefany Hernández.
"Estou muito grato", disse León com emoção, orgulhoso de ser "um exemplo para outros venezuelanos".
Numa cadeira de rodas, rodeado de familiares, vestiu um casaco desportivo com as cores da bandeira venezuelana.
Nascido a 2 de fevereiro de 1925 no estado andino de Trujillo (oeste), León tornou-se um pioneiro olímpico do desporto venezuelano ao ficar em 14.º lugar no contrarrelógio por quilómetro no ciclismo de pista em Londres 1948. Antes tinha sido campeão nacional em 1941, 1942 e 1943.
"Quando conto a minha história, ela começa com um nome: Julio Cesar León", comentou Hernandez, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, num discurso proferido diante dele no evento no COV.
"És uma lenda, Julio Cesar", acrescentou Stefany.
"Quero agradecer-te pelo que significas para o nosso desporto", disse Rujano, terceiro classificado no Giro de Itália de 2005 e tetracampeão da Vuelta al Tachira, um recorde na principal prova de ciclismo deste país.
Em frente a um bolo com a silhueta de um ciclista num velódromo, com a legenda "100 anos" ao lado de uma medalha de ouro, J.C. León ouviu amigos, atletas e funcionários cantarem-lhe os "parabéns".
Numa carta, Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), aplaudiu "o legado para as gerações futuras" que León deixou.
"Este aniversário é, sem dúvida, um motivo de alegria para a família olímpica", afirmou Bach no texto, lido pela presidente do COV, Maria Soto, durante a cerimónia.