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Ciclismo: UCI aprova entrada de uma 23.ª equipa nos grandes Tours

David Lappartient, Presidente da União Ciclista Internacional, em março último.
David Lappartient, Presidente da União Ciclista Internacional, em março último.MILOS BICANSKI/GETTY IMAGES EUROPE/Getty Images via AFP
A União Ciclista Internacional (UCI) aprovou, esta segunda-feira, a participação de uma 23.ª equipa nos três Grand Tours que se iniciam este ano, permitindo aos organizadores oferecer um terceiro convite a uma equipa à sua escolha.

A proposta foi aprovada pelo Comité de Gestão da entidade máxima do ciclismo, o que constituiu uma formalidade após a luz verde dada a 26 de março pelo Conselho Profissional de Ciclismo (PCC).

"O Comité de Gestão da UCI aprovou o pedido apresentado pelo PCC para aumentar o número de equipas que participam nos Grand Tours masculinos (Giro d'Italia, Tour de France e La Vuelta Ciclista a España) para 23 a partir deste ano", refere a UCI em comunicado.

Nos grandes Tours, a regra é que as dezoito equipas do World Tour (1.ª divisão) se qualificam automaticamente. Dois outros convites vão para as duas equipas mais bem classificadas da segunda divisão e, a partir de agora, três convites ficarão ao critério dos organizadores.

"Os argumentos apresentados para aceitar esta proposta baseavam-se principalmente na necessidade de apoiar as equipas da segunda divisão (UCI ProTeams), permitindo simultaneamente aos organizadores reforçar o pelotão presente na sua corrida e aos ciclistas das equipas adicionadas terem a oportunidade de correr uma Grande Volta", explicou a UCI.

Enquanto os organizadores dos três grandes Tours esperavam ansiosamente por esta decisão, algumas equipas apontaram os riscos para a segurança dos ciclistas ao alargar o pelotão de 176 para 184 ciclistas, num desporto cada vez mais propenso a acidentes.

Esta nova regra será aplicada a partir de 1 de abril, mas não é definitiva. No seu comunicado de imprensa, a UCI "reitera o seu empenho na preservação da equidade desportiva e no primado do mérito desportivo" e pede ao PCC que examine a possibilidade de tornar obrigatória a presença de uma terceira equipa D2, a fim de regressar ao princípio de dois convites aos organizadores.