No percurso mais lamacento da época - após a primeira das oito voltas, já era impossível distinguir a cor das camisolas dos ciclistas - Wout Van Aert venceu à frente dos seus compatriotas Emiel Verstrynge e Joran Wyseure.
Outro belga, Michael Vanthourenhout, que foi prejudicado por problemas mecânicos, ficou em quinto lugar para manter a liderança da Taça do Mundo no final desta oitava das onze etapas da prova.
Van Aert, que foi derrotado por Mathieu van der Poel no seu regresso há dez dias em Loenhout, obteve a sua segunda vitória consecutiva após o triunfo na ronda Superprestige de sábado em Gullegem.
O líder da equipa Visma-Lease a Bike partiu da quarta linha (a ordem de partida é determinada pela classificação mundial) e precisou apenas de duas voltas para reduzir a distância em relação aos seus adversários e assumir a liderança.
Venceu com um 1:20 minutos de vantagem sobre Verstrynge. Um abismo.
"Ontem (sábado) em Gullegem, precisávamos de explosividade. Aqui, era mais potência, era preciso um grande motor", diz o belga, com a cara completamente enegrecida pela lama. "Foi difícil. Talvez preferia uma lesão nas costelas", gracejou Van Aert, referindo-se à lesão de Mathieu van der Poel que levou à desistência do neerlandês.
"Agora vou tirar um dia de folga antes de ir para Espanha, Maiorca, para o estágio da equipa e continuar a minha preparação para a época de estrada", continuou.
Esta época, o ciclista que é um dos mais polivalentes do pelotão reduziu as suas aparições no cyclo-cross, a fim de se concentrar na sua preparação para as clássicas da primavera. Por outro lado, "MVDP" fez do ciclocross uma prioridade, com o objetivo de igualar o recorde de sete títulos mundiais do belga Eric De Vlaeminck em Liévin, França, no início de fevereiro.