Após dois anos de reinado de Michael Vanthourenhout, Thibau Nys sagrou-se campeão europeu de ciclocross pela primeira vez no ano passado. Os dois belgas eram os favoritos lógicos para a edição de 2025, especialmente em casa, mas os Países Baixos tinham alguns argumentos a apresentar, com Felipe Orts Lloret e Cameron Mason como outsiders.
Foi outro belga, Toon Aerts, vencedor em 2016, que começou da melhor maneira possível. Os favoritos passam rapidamente para a frente, mas um outsider, Mees Hendrikx, decide forçar o ritmo. Michael Vanthourenhout assume as suas responsabilidades e marca o ritmo, mas demora a fazer uma seleção. Acelerou depois na praia, aproveitando a areia para criar um grupo de liderança.
Toon Aerts faz então uma nova manobra, dando vida à corrida. Pim Ronhaar juntou-se a ele, mas viu-se encurralado quando Nys e Vanthourenhout se afastaram. Mas a decisão não era definitiva, e foi a vez de Joran Wyseure atacar e apanhar Ronhaar, Nys e Vanthourenhout. Desta vez, o quarteto parecia estar a caminho da vitória.
Encurralado no meio de três belgas, Ronhaar optou pela opção mais simples: atacar primeiro. Mas não conseguiu tomar uma decisão. Pior ainda, outro belga, Toon Aerts, conseguiu apanhar o grupo da frente. No entanto, ao toque da campainha, este quinteto parecia ter perdido o fôlego e Cameron Mason aproveitou a situação para fazer a ponte. No final, eram quase dez os ciclistas que ainda podiam reclamar o título.
Após uma última passagem pela praia, Ronhaar faz uma nova manobra, mas não deixa cair ninguém. A aceleração de Nys parecia decisiva, mas Toon Aerts resistiu ao ataque, passou para a liderança antes da última curva e crucificou o seu compatriota no sprint. Um hat-trick belga com o terceiro lugar de Wyseure. Tudo isto no final de uma corrida magnífica, que prova que o ciclocross é um desporto altamente espetacular.