O Comité Olímpico Internacional "toma nota" da reintegração da Rússia e da Bielorrússia, decidida no sábado pelo seu homólogo paraolímpico, mas mantém a participação nos Jogos Olímpicos sob uma bandeira neutra e em condições rigorosas, declarou esta segunda-feira.
O organismo olímpico "toma nota da decisão tomada pela Assembleia Geral do Comité Paralímpico Internacional (IPC)", que, surpreendentemente e por escassa maioria, levantou a suspensão parcial imposta à Rússia e à Bielorrússia após a invasão da Ucrânia, segundo um porta-voz entrevistado pela AFP.
Em princípio, esta decisão permite aos atletas dos dois países, que foram excluídos dos Jogos Paralímpicos de inverno de Pequim logo no início da guerra e depois admitidos nos Jogos de Paris em 2024 como indivíduos e sob uma bandeira neutra, recuperar todos os seus direitos, ou seja, hinos, cores oficiais e presença no quadro de medalhas.
O COI recorda que o IPC, "juntamente com as federações internacionais responsáveis pelos desportos paraolímpicos" - que continuam a sancionar os dois países - "é a autoridade competente para os Jogos Paraolímpicos".
Por outro lado, o organismo olímpico reitera a sua própria "abordagem para os Jogos Olímpicos de inverno em Milão-Cortina" (6-22 de fevereiro de 2026), decidida a 19 de setembro pelo seu Conselho Executivo e que é idêntica às disposições para os Jogos de 2024 em Paris.
Desde que as federações internacionais permitam a sua qualificação, os russos e os bielorrussos poderão competir nas provas individuais sob uma bandeira neutra, desde que não estejam sob contrato com o exército ou os serviços de segurança e não apoiem ativamente a guerra na Ucrânia.